domingo, 26 de junho de 2011

Higienize seus alimentos de maneira correta e evite contaminação

Fonte: Artigo

Nas últimas semanas, a notícia do surto de infecções na Alemanha por um subtipo de bactéria até então desconhecida, a E.coli, chamou a atenção da Organização Mundial da Saúde e de sua porta-voz, Aphaluck Bhatiasevi.

- Esta variação da bactéria nunca tinha sido vista antes em uma situação de epidemia.

Mais de 1.500 pessoas desenvolveram graves infecções gastrointestinais causadas pela bactéria, que podem provocar forte diarreia e vômito, além de levar a problemas nos rins.

Mas a E.coli, por alarmante que seja, não é o único perigo que se corre ao consumir alimentos mal higienizados.  E surtos como esse jogam luz sobre os cuidados que devemos ter com a comida.

O nutricionista Murilo Dáttilo, do Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício, esclarece que os sintomas mais comuns das doenças trasmitidas por alimentos contaminados são vômitos e diarreias, podendo também causar dores abdominais e de cabeça, febre, alteração visual e inchaço nos olhos.
 - A maioria dessas doenças vem da contaminação da comida por micróbios, que entram em contato com o alimento na manipulação e no preparo.

Por isso, é sempre bom não esquecer que medidas simples, como lavar as mãos, conservar os alimentos em temperaturas adequadas e cozinhá-los corretamente, evitam a contaminação.

- Para multiplicarem-se nos alimentos, os micróbios precisam encontrar condições propícias de nutrientes, umidade e temperatura. Eles preferem temperaturas de verão ou próximas à do nosso corpo, em torno de 37 graus.

Alimentos secos, ou seja, os não-perecíveis, não apresentam umidade suficiente para que os micróbios se multipliquem, podendo ser conservados em temperatura ambiente.

Já os alimentos úmidos, como a carne, o leite, o iogurte, o presunto e o queijo, devem ser conservados em temperaturas apropriadas.

A nutricionista Camila Abreu, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), alerta que contaminações bacterianas, viroses e intoxicações causadas por alimentos ainda são bastante elevadas.

- Condições deficientes de saneamento básico, associadas a hábitos de higiene precários e deficiências no controle da segurança do alimento (produção, transporte, armazenamento e comercialização), geram contaminações que são as responsáveis por morbidade ou mesmo óbito.


Alimento seguro
Além disso, Camila ressalta que nem sempre os alimentos contaminados se mostram alterados em sua cor, aroma, gosto e textura. Porém, mudanças na característica natural podem indicar que o alimento se encontra impróprio ao consumo.


- Dentro do conceito de alimento seguro, deve-se dar atenção às condições higiênico-sanitárias que envolvem o cotidiano das pessoas. É preciso tomar os cuidados necessários com a escolha, higiene, manipulação, preparo e conservação dos alimentos.

Camila dá algumas dicas, como não comprar alimentos com embalagens alteradas, fora dos seus prazos de validade ou que mostrem alguns sinais visíveis de alterações. Também é bom evitar legumes ou frutas que estejam manchados, mofados, com partes moles ou danificadas.

- Vegetais folhosos devem apresentar a sua cor característica, sem manchas amarelas ou sinais de envelhecimento. As carnes devem apresentar sua cor, odor e aspectos característicos. Já os cereais e leguminosas não devem apresentar mofo, bolor ou carunchos.
É errado, entretanto, pensar que as bactérias sempre alteram o sabor dos alimentos. Muitas desas bactérias patogênicas se multiplicam sem interferir nas características da comida.

Como há mais micróbios em uma mão suja do que gente na Terra, é importante lavar as mãos antes de mexer com os ingredientes da sua próxima receita.


O cuidado com a qualidade da água também é essencial. Sempre use água potável para o preparo dos alimentos.




Fonte: R7

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