quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Tamanho da cintura pode indicar risco de desenvolver diabetes

Segundo pesquisa, quanto maior a circunferência, maiores as chances de desenvolver a doença

As chances de desenvolver diabetes crescem à medida
que os valores da circunferência da cintura também aumentam
As chances de desenvolver diabetes crescem à medida que os valores da circunferência da cintura também aumentam. Este foi o resultado de um estudo elaborado pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, com o auxílio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que realizou uma análise comparativa entre as medidas da circunferência da cintura de idosos e a pré-disposição para o desenvolvimento de diabetes.

A pesquisa da nutricionista Luiza Antoniazzi Gomes de Gouveia procurou identificar os valores de circunferência da cintura em idosos, que se associam ao desenvolvimento de doenças e agravos não transmissíveis, segundo sexo e grupo etário.

— Nesse grupo se encaixam as doenças cardíacas, hipertensão arterial e diabetes mellitus — ressalta a pesquisadora.

Durante o projeto, a pesquisadora realizou um estudo longitudinal baseado nos dados do chamado Estudo SABE: Saúde, Bem-estar e Envelhecimento. Esse levantamento foi realizado com idosos residentes no município de São Paulo, nos anos 2000 e 2006, sob coordenação de docentes do Departamento de Epidemiologia da FSP. Ao todo, 2.143 idosos participaram do estudo no ano 2000, dos quais 1.115 foram reentrevistados em 2006.

No período de análise, foram observados os dados dos idosos que, no ano 2000, não apresentaram as doenças referidas no estudo. A partir dos valores de circunferência da cintura obtidos em 2000, estabeleceu-se uma relação com os que passaram a referir essas doenças no ano de 2006 na mesma população.

— A partir dos idosos que não referiram essas doenças (doença cardíaca, hipertensão arterial e diabetes mellitus) no ano de 2000, verificou-se quais os valores de circunferência da cintura que apresentaram a melhor capacidade preditiva do desenvolvimento de doença, no período de seis anos — conta Luiza.

Os resultados das relações revelaram que, com relação à maior capacidade de desenvolvimento de diabetes, os pacientes nessa condição apresentaram valores de circunferência da cintura maior ou igual a 87 cm para mulheres, e maior ou igual a 99 cm para homens, na faixa etária de 60 a 74 anos.

— Esses valores são maiores do que os números usualmente trabalhados na área da saúde, que seriam maior ou igual a 80 cm e menor do que 88 cm, ou maior ou igual a 88 cm, para as mulheres, e maior ou igual a 94 cm e menor do que 102 cm, ou maior ou igual a 102 cm, para os homens, e que foram estabelecidos anteriormente em pesquisa com população adulta — completa.

Risco para outras doenças

Segundo a nutricionista, ainda que os valores de circunferência da cintura identificados na pesquisa sejam capazes de discriminar apenas o risco para diabetes, eles contribuem também para o diagnóstico de outras doenças.

— Isso acontece pois a diabetes mellitus além de doença, constitui fator de risco para outras enfermidades, como hipertensão arterial e aumento da chance de eventos cardiovasculares — afirma Luiza.

Dessa forma, valores de circunferência da cintura, capazes de discriminar a referência da doença, podem ser considerados preditores de enfermidades e agravos não transmissíveis. Luiza ressalta a importância do reconhecimento desses valores como indicativos de risco.

— Essa conclusão permite que intervenções sejam adequadamente direcionadas, constituindo grande benefício para a saúde pública, principalmente em se tratando da possibilidade de prevenção de doenças com elevada prevalência nesse grupo etário — conclui.

AGÊNCIA USP
 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Siga 10 passos para acelerar seu metabolismo

O metabolismo é um conjunto de reações que tem a função de gerar energia para o nosso corpo. Os processos desenvolvidos pelo metabolismo não são diferentes de um indivíduo para outro - mas o ritmo em que o organismo dará sequência a todas essas atividades é algo muito particular. Apesar da prática de atividade física ser o carro-chefe para acelerar o metabolismo e gastar energia, é possível dar um gás e deixar o metabolismo ainda mais eficiente adotando alguns hábitos e mudanças na dieta. Siga os conselhos dos especialistas e estimule o seu metabolismo para acelerar os resultados da dieta.




Magnésio - Foto Getty ImagesMagnésio no cardápio 
O magnésio é um mineral importante que participa de quase todas as ações metabólicas. "Cerca de 300 sistemas enzimáticos dependem da presença de magnésio", afirma a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional. 

Uma alimentação deficiente em magnésio não só deixa o metabolismo mais lento, como também pode favorecer o acúmulo de gorduras e a má utilização das proteínas ingeridas. 

Fontes de magnésio: castanhas, folhas verde-escuras, figo, beterraba, leite e derivados. 


potássio - Foto Getty ImagesComa mais potássio 
O potássio é um elemento que está presente em maior concentração nas células musculares e nervosas. Ele é responsável por manter o nosso corpo hidratado, pela contração muscular e pelo funcionamento cardíaco, além de participar da transmissão dos impulsos nervosos. 

De acordo com a nutricionista Roseli Rossi, é por conta dessas funções que uma dieta pobre em potássio pode favorecer o mau funcionamento do metabolismo humano, provocando desordens endócrinas e metabólicas, como secreção reduzida de insulina, intolerância a carboidratos, retardo no crescimento e síntese reduzida ou alterada dos hormônios aldosterona, que regula as quantidades de sódio e potássio em nosso sangue, e prostaglandinas, que tem função reprodutiva e de controle da pressão sanguínea, da função renal, da formação de trombos, dos processos inflamatórios, do fluxo sanguíneo e controle também de alguns processos patológicos.

Fontes de potássio: banana, laranja, uva, kiwi, melão, maracujá. 


gordura insaturada - Foto Getty ImagesGorduras boas para o organismo funcionar 
"As gorduras são fundamentais para o metabolismo porque retardam a digestão do carboidrato e permitem que a energia seja gasta de forma mais homogênea", afirma a nutricionista Roseli Rossi. Porém, é importante escolher o tipo certo de gordura, no caso, as insaturadas. Essas, sim, ajudam o metabolismo a funcionar melhor, além de limpar as artérias.

São fontes de gordura insaturada: castanha-do-pará, castanha de caju, amêndoa, amendoim, nozes, pinhão, pistache, azeite de oliva extra virgem, abacate, semente de abóbora, gergelim e girassol.  


proteínas e fibras - Foto Getty ImagesProteínas e fibras
O nutrólogo Celso Cukier, do Hospital São Luiz, explica que esses dois nutrientes são campeões quando o assunto é manter o metabolismo funcionando. Pelo fato de gastarem mais energia para serem digeridos, fazem o metabolismo trabalhar mais. Além disso, os dois proporcionam uma maior sensação de saciedade. No caso das fibras, prefira as fibras solúveis, pois são elas que auxiliam mais efetivamente no bom funcionamento do metabolismo. 

Fonte de proteínas: carnes, leite e derivados.
Fonte de Fibras solúveis: polpa de frutas e farelo de cereais 


frutas secas - Foto Getty ImagesInvista nas frutas secas 
Elas são ótimas fontes de energia e, por isso, ajudam a manter o metabolismo funcionando. Sem contar que, por darem mais energia, nos deixam mais animados para fazer tarefas do dia a dia e exercícios físicos, tão importantes para o bom funcionamento do metabolismo.

O ideal é consumi-las nos lanches da tarde ou antes da atividade física. Usá-las para incrementar as saladas e outros pratos quentes também é uma ótima pedida. 


pimenta - Foto Getty ImagesAposte nos termogênicos 
Alimentos termogênicos são aqueles que têm o poder de aumentar a temperatura corporal, acelerando o metabolismo e aumentando a queima de gordura. 

A nutricionista funcional Luciana Harfenist alerta para o fato de que crianças, gestantes e pessoas com cardiopatias, hipertensão, enxaqueca, úlcera e alergias não devem abusar desses alimentos, pois eles podem levar a aumento da pressão arterial, hipoglicemia, insônia, nervosismo e taquicardia. 

Dentre os alimentos termogênicos, podemos destacar a pimenta vermelha, o chá verde e a canela. Confira aqui a lista completa


mercado - Foto Getty ImagesVarie o cardápio 
Comer sempre a mesma coisa, além de ser muito chato e monótono, não ajuda em nada o seu metabolismo. Consumir a mesma quantidade de calorias todos os dias ou os mesmos alimentos nas refeições faz com que o seu corpo se acostume a receber aquela quantidade de energia, se acomodando. 

"Introduzir alimentos sempre diferentes é necessário para contemplar maior riqueza de nutrientes, células com maior capacidade de gerar energia e, consequentemente, um metabolismo mais ativo", diz a nutricionista Roseli Rossi. 


frutas e relógio - Foto Getty ImagesComa de três em três horas
Se você fica mais do que três horas sem comer nada, seu organismo começa a diminuir a velocidade de funcionamento para poupar energias e proteger funções vitais do seu corpo. Ou seja: o metabolismo fica mais lento. Por isso, é de extrema importância fazer pequenos lanches entre as refeições principais. 


salada e proteína - Foto Getty ImagesColoque mais do que salada no prato 
Apesar de serem muito nutritivas e de baixa caloria, quando comemos apenas uma salada de folhas e mais nada no prato, estamos na verdade sabotando a refeição e freando nosso metabolismo. De acordo com o nutrólogo Celso Cukier, isso acontece por conta da baixa quantidade de substâncias a serem digeridas. "O ideal é fracionar as refeições e deixá-las balanceadas", completa. 

Por isso acrescente ao seu prato alimentos fonte de proteínas (frango, peixe, ovos), gorduras boas (azeite, castanhas, linhaça) e carboidratos complexos (aveia, torradas integrais). Eles deixarão sua refeição muito mais interessante e farão seu metabolismo trabalhar melhor.  

subir escadas - Foto Getty ImagesMexa-se!
Se você é da turma que morre de preguiça só de pensar em fazer exercícios no clima frio do inverno, saiba que qualquer atividade conta para acordar o seu metabolismo. Use as escadas, aposente o controle remoto e desça do ônibus ou estacione o carro um pouco mais longe do lugar que pretende ir. Ponha-se em movimento sempre que possível e colha os benefícios!

Fonte: minhavida.com.br/



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