sábado, 23 de abril de 2011

Trabalhar sentado por 10 anos dobra risco de câncer de intestino

Ilustração: Google 

Trabalhar sentado pode ser cômodo, mas é prejudicial. De acordo com uma pesquisa da Universidade da Austrália Ocidental, na Austrália, 10 anos ou mais de longos períodos sedentários quase duplicam o risco de alguns tipos de câncer de intestino, mesmo que a pessoa se exercite em seu tempo livre.

Os cientistas compararam o estilo de vida e o nível de atividade física de 918 voluntários com a doença e 1021 sem. Os resultados mostraram que os funcionários que passaram mais de uma década em um serviço parado se mostraram 94% mais propensos a desenvolver tumor no cólon distal e, 44%, de reto.

Entre as possíveis explicações estão que trabalhar em uma cadeira tende a causar aumento nos níveis sanguíneos de açúcar, danos na produção de insulina e inflamações. A publicação American Journal of Epidemiology divulgou esses dados.

Vale lembrar que, segundo o jornal Daily Mail, estudos recentes sugerem que os adultos americanos passam 55% do tempo sentados no escritório. Levantamentos anteriores mostraram que os homens que permanecem na cadeira a maior parte do dia apresentam 30% mais probabilidade de câncer de próstata do que aqueles com ocupações mais ativas.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pesquisa mostra aumento da obesidade no Brasil

Fonte: Google Imagens
Um estudo do Ministério da Saúde divulgado hoje mostra que o brasileiro está cada vez mais obeso e com a alimentação menos balanceada. A pesquisa aponta que 48,1% da população brasileira está acima do peso e 15% são obesos. Na última medição, há cinco anos, a proporção era de 42,7% para sobrepeso e 11,4% para obesidade. Especialistas da Universidade de Brasília apontam a má alimentação como a maior causa do aumento nos números.


A professora Eliane Said Dutra, do departamento de Nutrição da UnB, não se surpreendeu com os resultados da pesquisa. “Infelizmente eram números esperados”, afirma. “Hoje em dia há um consumo menor de alimentos com pouca densidade calórica e nutricionalmente ricos, como frutas e legumes”, diz a professora Kênia Mara Baiocchi,do Departamento de Nutrição. Ela destaca, porém, que a obesidade é causada por diversos fatores. 


A pesquisa também mostra que 14,2% dos adultos não fazem nenhuma atividade física no tempo livre. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de 30 minutos de atividade física pelo menos cinco vezes por semana. A professora Kênia conta que para lutar contra o sedentarismo é preciso também que a população encontre locais seguros para praticar o esporte. “O governo não oferece isso, nem faz qualquer tipo de regulação sobre a propaganda intensiva de comidas que fazem mal para a saúde.”

Eliane Dutra explica que os números mostram uma transição epidemiológica. “Antes a maioria das mortes eram causadas por doenças infecciosas, hoje são por doenças crônicas e a obesidade é um dos principais fatores de risco”. Ela aponta que muitos esquecem que a própria obesidade é uma doença com desfechos trágicos. “Ela é um fator determinante para acidentes vasculares cerebrais e infarto. Existem obesos saudáveis, mas são uma minoria”, afirma Eliane. 

Anelise Rizzolo, do Observatório de Segurança Alimentar e Nutrição da UnB, aponta que uma recente medida do Ministério da Saúde que impõe uma diminuição de sódio em alimentos industrializados, pode minimizar estes problemas. "Não é possível mudar a alimentação totalmente. Temos que encontrar uma maneira de melhorar o que já comemos".

A pesquisa do Ministério da saúde mostra um avanço no sobrepeso nas crianças e adolescentes, segundo Eliane. “No ponto de vista de saúde pública, isso é muito ruim”, diz a professora. Ela afirma que o aumento da obesidade pode causar uma grande sobrecarga no sistema de saúde. A professora Kênia sugere uma política intensiva nas escolas para reverter o quadro. “É mais fácil educar as crianças a comerem bem do que reeducar adultos que já comem mal”, diz.

Inclusive está nos planos da UnB uma mudança no futuro da alimentação escolar. O Núcleo de Referência em Alimentação Regional que irá funcionar no Centro de Excelência em Turismo (CET), visa formar chefes de alimentação escolar. O objetivo é melhorar a qualidade da merenda no País e capacitar cozinheiras e merendeiras na busca de uma alimentação mais saudável e saborosa.


GLOBALIZAÇÃO – A pesquisa também enfocou mudanças na alimentação do País. O brasileiro aumentou o consumo de leite integral e carne com gordura. Entretanto o consumo de hortaliças diminuiu. Para Anelise, o dado mostra que a alimentação está sendo influenciada pela cultura globalizada. “São os efeitos perversos da globalização. Estamos tendo menos tempo para cuidar de nós mesmos”, comenta a professora. Um dado interessante, que mostra uma mudança no padrão alimentar, é a diminuição do consumo de feijão por cinco dias na semana, que caiu de 71,9% para 66,7%.

A professora Kênia deixa claro que para reverter o quadro o melhor é fugir das dietas milagrosas. “Emagrecer muito em muito pouco tempo não resolve, porque a pessoa costuma recuperar os quilos perdidos”, explica a professora. A exceção seriam os casos de obesidade mórbida, quando existe a necessidade de uma perda imediata de gordura. “Só então podemos pensar em alternativas drásticas, como a cirurgia de redução de estômago.”

UnB Agência

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ministério da Saúde anuncia combate a alimentos gordurosos e com muito sal

Nos últimos dias, o Ministério anunciou uma série de medidas e planos para reduzir os teores de gordura e sódio nos alimentos processados. Até o final do ano o mercado terá que se adaptar aos novos limites saudáveis.

Redação ÉPOCA, com agências

Fonte: Google Imagens
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, divulgou nesta sexta-feira (8) uma nova medida do governo para garantir a saúde dos brasileiros: um plano de redução de gordura nos alimentos industrializados. A medida foi anunciada um dia após Padilha ter fechado acordo com as indústrias de alimentos processados para diminuir o teor de sódio em pelo menos 16 categorias de produtos, e demonstra uma maior preocupação do governo federal com a alimentação da população.

"No segundo semestre vamos abrir a agenda para a redução de gordura. É um programa fundamental porque traz a indústria de alimentos para o debate (hábitos alimentares). O Brasil é pioneiro em relação aos demais países nisso", afirmou o ministro.

De acordo com Padilha, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ficará responsável pela fiscalização e controle das novas regras, que visam a combater a obesidade e a melhorar a qualidade de vida dos brasileiros. Quanto à medida para diminuir o sódio, o Ministério afirmou que tem por objetivo estimular o povo a ingerir menos sal - os dados mais recentes mostram que o brasileiro consome, em média, 9,6 gramas de sal por dia, quase duas vezes mais que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A preocupação com a saúde da população é legítima, para o ministro. O consumo excessivo do sal, por exemplo, acarreta em um aumento na incidência de doenças crônicas como a hipertensão e os problemas cardíacos. E é um costume do brasileiro salgar sua comida bem mais que outros povos, já que seu paladar está mais acostumado. Sobre esse assunto, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), Edmundo Klotz, afirmou: “Devem ter alterações [no gosto], mas poderão ser imperceptíveis.”

As metas para a redução de gordura nos alimentos ainda não foram definidas, mas para a diminuíção do sódio o governo espera uma queda de 30% na concentração do elemento químico em massas e de 10% nos pães em um primeiro momento. Em julho, quando o plano de ação deve entrar em sua segunda fase, o governo espera ampliar o leque de produtos afetados pela nova regulamentação. E até o final do ano será definido o teor máximo de sódio para biscoitos, embutidos, pão francês, bolos prontos, mistura para bolo, salgadinhos de milho, batatas fritas, caldos, temperos, margarinas, maioneses, laticínios e refeições prontas.

Uma pesquisa realizada recentemente pelo ministério descobriu que 48% da população das capitais tem sobrepeso e 15% já é classificada como obesa. "É fundamental que a gente divulgue os hábitos de alimentação saudáveis", afirmou Padilha.

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