terça-feira, 7 de outubro de 2014

Nutrição infantil - como incentivar o consumo de água

As dicas abaixo são da nutricionista da Clínica DNA Nutri, Elaine de Pádua (http://www.dnanutri.com.br).

Elaine Cristina Rocha de Pádua • Nutricionista • CRN: 22094

Nutricionista mestre em ciências da saúde pela UNESP, pós-graduada em Nutrição nas Doenças Crônico-Degenerativas pelo Instituto de Pesquisa e Ensino do Hospital Israelita Albert Einstein. Pós-Graduada em Nutrição Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul. Especialista em Adolescência para equipe multidisciplinar pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Atualmente Pós-graduanda em Medicina Obstetrícia a nível de mestrado pela UNIFESP, coordenadora do ambulatório de nutrição da gestante adolescente e supervisora de estágios da especialização em "Adolescência para Equipe Multidisciplinar" do Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente - CAAA. Integrante da equipe de pré-natal da Casa da Saúde da Mulher - Departamento de Obstetrícia - UNIFESP. É autora dos jogos educativos "Mito ou verdade", "Desafio hortifruti" e "De olho nos alimentos", da Nutriland, e do capítulo Abordagem Nutricional da Adolescência, do livro Adolescência e Saúde Volume III, da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. Recentemente lançou o livro "O que tem no prato do seu filho? – Um guia prático de nutrição para os pais", Editora Alles Trade, que tem o objetivo de ajudar, de maneira criativa, os pais na difícil tarefa de fazer com que as crianças tenham uma alimentação de qualidade.

Publicações:

• LIVRO: ADOLESCÊNCIA E SAÚDE 3. SECRETARIA DA SAÚDE. PARTICIPAÇÃO NO CAPÍTULO ABORDAGEM NUTRICIONAL NA ADOLESCÊNCIA
• ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA DA SOGIA
• ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA DE NUTROLOGIA

- Qual a quantidade ideal de água que deve ser consumida pelos pequenos?

De acordo com a Dietary Reference Intakes (DRI, 2002):

    Crianças de 1 a 3 anos devem ingerir em média 1300mL
    Crianças de 4 a 8 anos devem ingerir em média 1700mL
    De 9 a 10 anos – 2100mL

Essa recomendação refere-se ao consumo total de líquidos, não somente de água e considera a reposição total dos líquidos perdidos durante o dia. A alimentação contendo quantidade adequada de alimentos frescos (frutas, hortaliças, leite, carnes frescas) fornece boa parte dessa necessidade diária de líquidos, devendo ser a outra metade reposta pela água pura ou sucos com alto percentual de água.
- O que fazer quando a criança não gosta de consumir água?

Aromatizar a água (folhinhas de hortelã, rodelas de limão, casca de frutas (abacaxi, maçã, laranja));
Deixar uma garrafinha de água sempre próxima da criança;
Incentivar o consumo de sucos de frutas com maior porcentagem de água;
Oferecer várias vezes água em volumes menores, adequado ao volume gástrico da criança;
Oferecer água de coco, que também ajuda a manter a boa hidratação dos tecidos;
Dar nomes fantasia para as águas aromatizadas ou sucos de frutas: shake da diversão, suco da energia, bebida da princesa, etc.
Deixar a criança preparar seus shakes de frutas e água.

- Quais truques os pais podem usar para convencer os pequenos a beber água?

Primeiramente, os próprios pais e futuros pais precisam avaliar o seu próprio consumo de água e se água foi ofertada de maneira adequada durante o crescimento da criança;
Seja um exemplo: crianças tendem a imitar os pais, por isso, procure beber água na frente dela e pergunte se ela já tomou seus copos do dia;
Explicar o porquê beber água: explicar que a água é um alimento e que se faltar água, faltará disposição para brincar e se divertir, além disso, a cognição e memória podem ser prejudicadas. Será que a criança não quer acertar todas as respostas no jogo de memória, ou na aula de tabuada? Pode ser uma forma de incentivar;
Explique que isso evita com que o intestino fique “preso”, o que causa dor e desconforto;
Procure reduzir a disponibilidade de sucos, especialmente industrializados, equilibrando a oferta entre os sucos de frutas naturais com o consumo de água.
Ofereça água fresca que tende a ser mais bem consumida: faça a mistura de água em temperatura ambiente e um pouco de água gelada;
Os pais podem combinar com a criança um volume pequeno de água e aumentar gradativamente com o tempo;
Pode-se acrescentar essa tarefa na lista de deveres da criança, por exemplo, entre escovar os dentes, colocar os sapatos no lugar, fazer a lição de casa, pode-se incluir a tarefa beber 2 copos de água”;

Atenção: essa tarefa deve ser combinada e não imposta, para não causar rejeição e associação com algo negativo pela criança. Os pais podem brincar, “sua tarefa é tomar 2 copos e a minha 4 copos”. A criança também pode cobrar os pais nessa tarefa e, ao mesmo tempo, estará prestando atenção no seu próprio consumo.

Separe um canudo legal e um copo ou garrafinha diferente para ser usado apenas para o consumo de água;
Pergunte como está a cor da urina e explique que ela tem que ser sempre amarela clara. Se a criança fizer xixi e estiver amarelo escuro, ela pode se lembrar que não bebeu água suficiente naquele dia e, aos poucos, ir aumentando o consumo de líquidos. Se estiver lidando com uma menina, podemos incentivá-la explicando como a saúde dos cabelos e da pele depende da água. Se com meninos, pode-se lembrar que seus ídolos atletas (jogadores de futebol, vôlei, basquete, tenistas) estão sempre repondo os líquidos perdidos, pois sabem a importância da água.

- Os sucos podem ser aliados ou eles não substituem a ingestão de água?

Os sucos podem ser aliados para ajudar na hidratação dos pequenos, principalmente se forem sucos naturais diluídos com alto conteúdo de água, pois essa grande quantidade de água será utilizada pelo organismo quase da mesma forma. Porém, ingerir toda a quantidade de água, apenas com sucos, extrapola a necessidade diária de carboidratos vindos das frutas e, geralmente, do açúcar adicionado, desequilibrando o consumo de nutrientes da criança. Isso é essencialmente importante no caso de crianças que precisam controlar o peso, o que não é raro nos dias de hoje. Além disso, por fornecerem alta quantidade de carboidrato (dependendo do suco, principalmente os adoçados), podem inibir a fome por outros alimentos importantes. A Academia Americana de Pediatria recomenda que a ingestão de suco deva se limitar a 120 a 180 mL por dia para crianças de 1 a 6 anos e a 240 a 260 mL por dia para crianças de 7 a 18 anos.

A água não possui macronutrientes para serem quebrados, metabolizados e absorvidos (não estimula o pâncreas a produzir insulina) e filtrados, assim beber água dá um “descanso” aos processos digestivos e ao aparelho renal e não fornece calorias. Dessa forma, a água hidrata, não afeta o ganho de peso e não interfere na fome dos pequenos, além de não aumentar o risco de surgimento de cáries dentárias (ao contrário dos sucos, principalmente adoçados).

De forma geral, nenhum deles substitui o outro. O equilíbrio na combinação entre água pura e suco de frutas, frutas e outros alimentos ricos em água (hortaliças, leite, carnes frescas) é a melhor opção para garantir hidratação e reposição de micronutrientes e antioxidantes.

Os sucos estimulam o consumo de líquidos e são interessantes nos dias muito quentes e durante a prática de exercícios físicos, quando o risco de desidratação e hipotermia são aumentados, especialmente nas crianças.

**A adição de adoçantes não é indicada para crianças e adolescentes, com exceção de casos específicos, como diabetes.
Fonte: segs.com.br

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Maionese feita à base de banana verde

Maionese feita à base de banana verde

Cansado de ver as bananas do campus onde estudava se perderem, o universitário Matheus Fernando resolveu criar um projeto para resolver o problema. Após 11 meses de pesquisas, o aluno de  Engenharia de Alimentos do Instituto Federal Goiano, em Rio Verde, sudoeste de Goiás, criou a "bananese", uma maionese feita à base de banana verde. A ideia deu tão certo que ele foi convidado para apresentar a inovação em uma feira na Europa.
Matheus conta que a criação da maionese surgiu por acaso. "Eu desenvolvi o projeto quando estava no terceiro ano do Ensino Médio de técnico em Agropecuária, em outro campus da instituição. A banana era uma das frutas com mais abundância e que perdia muito. Resolvi fazer alguma coisa. A intenção não era fazer a maionese, mas sim alguma coisa com a biomassa da banana verde", explica.
O produto criado tem quatro sabores: pimenta, rosé, orégano e sem condimento. Quem prova diz que é difícil perceber o gosto da fruta no alimento. De acordo com Matheus, a bananese também é recomendada para quem quer perder peso, pois não leva óleo e ovo em sua composição. Para prepara-la é utilizado apenas banana e água.
“É bem difícil chegar o ponto de biomassa porque como a base dela é só banana verde e água a gente tinha que quebrar essa adstringência da banana verde antes de começar a fazer a biomassa", explica.
Feira
No mês de julho, Matheus embarca para a Inglaterra. O sucesso da bananese foi tanto que um instituto de pesquisa brasileiro o convidou para apresentar sua criação em uma feira renomada do país europeu.
"Lá em Londres, a segunda maior universidade, a Cambridge, faz uma feira com 350 melhores projetos de 50 países. Ou seja, eu sou um desses 350. Eu não esperava isso nunca, porque essa feira é a melhor da área”, diz.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Os perigos do glúten. Todos devemos evitar ou podemos ingeri-la?

Uma substância muito abundante no nosso cardápio tem entrado na mira de muitas pessoas que querem emagrecer ou melhorar o bem-estar e a saúde. O glúten é uma proteína encontrada na semente de muitos cereais, como trigo e a cevada. A substância é desconhecida por parte da população, mas já existe uma certa rejeição em relação ao consumo por parte de algumas pessoas. Mas, afinal, o glúten faz mal à saúde? Deve ser evitado? Estes questionamentos foram feitos a especialistas que nos ajudaram a esclarecer essas dúvidas.
O alergista, Francisco Geraldo Sarti de Carvalho, garante que não faz sentido alguém evitar o consumo de glúten sem alguma indicação de profissional de saúde. "Em uma dieta balanceada é fundamental que se tenha os alimentos que são fontes de glúten, como o trigo, que é um ótimo alimento. Aquelas pessoas que não têm intolerância ou alergia ao glúten e nem doença celíaca, podem ingerir sem problema."
Equilíbrio
Simone da Cunha Rocha Santos, presidente da Associação de Nutrição do Distrito Federal e sócia de uma empresa de consultoria em Nutrição e Fitness, esclarece que a superexposição a um alimento pode criar no organismo um pouco de intolerância a ele. "O problema é que a nossa dieta ocidental hoje em dia tem muito consumo de alimentos que tem origem no trigo, ou seja, que tem glúten. Mas é bom salientar que isso não acontece somente com glúten, é bem comum as pessoas que fazem dieta de exclusão do glúten, passarem a todos os dias comer algum outro tipo de farináceo (mandioca, arroz) e essa superexposição pode levar a pessoa a desenvolver novamente uma hipersensibilidade a esse novo alimento, porque como o sistema imunológico dela está com baixa defesa, e o intestino dela já teve danos," explica.
O gastroenterologista, Américo Silvério, compartilha da mesma visão: "O que devemos evitar são dietas desequilibradas, uma dieta muito rica em carboidratos pode trazer algum distúrbio alimentar associado, assim como dieta muito rica em gorduras etc. A não ser que você tenha alguma intolerância ao glúten, essa proteína ingerida dentro de uma dieta balanceada não tem problema nenhum."
Para trazer esse equilíbrio na ingestão de carboidratos, Simone sugere uma quebra de rotina, mas jamais a eliminação completa do glúten. "Temos a opção de comermos tubérculos no café da manhã, como produtos à base de mandioca, mas você não vai ficar o resto da vida sem comer glúten, isso não existe", afirmou a presidente da Associação de Nutrição.
Exclusão do glúten
Simone Santos alerta para o perigo desta exclusão definitiva. "É um crime algumas mães não introduzirem glúten para as crianças maiores de um ano de idade. A mãe deve dar esse alimento no momento certo, porque se ela não der, no futuro a criança pode ser um possível hipersensível ao glúten, porque na época que o sistema imunológico dela estava sendo montado ele não foi exposto àquela proteína."
Toda dieta de exclusão de alguma substância deve ser temporária e com um propósito definido, disse Simone. "Muitas vezes a gente pode tirar o glúten da dieta como uma estratégia de dar um descanso para a pessoa que está apresentando algum desconforto, e depois reintroduzir o alimento o comendo, uma vez por dia, e rodiziando a cada três dias. Muitas vezes só de diminuir o consumo do alimento já dá uma resposta bem legal para a pessoa, principalmente quando se trata de alguns distúrbios gastrintestinais", assegura.
Simone, que também é educadora física, enfatiza que a eliminação do glúten no cardápio não é "para ficar com uma barriga sarada, chapada. Se a pessoa comer só batata, mandioca, mesmo sem glúten ele pode engordar por conta do índice glicêmico destes alimentos". Por isso toda dieta de exclusão, além de temporária, deve ser elaborada por quem tenha um conhecimento muito grande de técnica dietética.
Muitos malefícios atribuídos à ingestão do glúten, principalmente espalhados em vários blogs pela internet, são "fantasiosos", alega Américo. "O glúten deve ser evitado apenas por quem tem alguma intolerância ou alergia ao glúten. Nas outras pessoas ele não vai causar nenhum sintoma. Muitos problemas imputados ao consumo dessa proteína são causados pelo excesso de carboidrato, porque o glúten é mais comumente encontrado em alimentos ricos em carboidratos. Ao contrário do que alguns afirmam, o glúten em si não vai fazer uma aderência, uma 'cola' no intestino", afirma o endocrinologista. Considera ainda que algumas pessoas acabam perdendo peso ao diminuir a ingestão de glúten simplesmente porque o carboidrato – que é calórico – foi cortado da dieta.

Sensibilidade
Francisco salienta que existem três grupos bem definidos de pessoas que enfrentam dificuldade com o consumo de glúten, "o primeiro grupo é o dos intolerantes do glúten, que não têm uma doença propriamente dita; no segundo grupo estão os celíacos, que têm uma intolerância decorrente de alterações imunológicas – a doença celíaca é autoimune –, e apresentam sintomas crônicos mais importantes; o terceiro grupo é o de pessoas alérgicas ao glúten, esses pacientes alérgicos eles podem desenvolver os sintomas digestivos, respiratórios e cutâneos, podendo até ter um choque anafilático".
A doença celíaca ocorre em cerca de 1% da população, e outras enfermidades distintas relacionadas ao glúten tem uma prevalência estimada seis vezes maiores do que a doença celíaca propriamente dita. O alergista indica que todas as pessoas que tem alergias, tanto alimentares quanto respiratórias ou dermatológicas, devem investigar a sua tolerância ao glúten e a diversos outros alimentos, assim como os que têm sintomas digestivos crônicos ou perdem peso inexplicavelmente.
Simone orienta as pessoas que desconfiam do glúten como origem de algum desconforto a jamais eliminarem por si só o glúten do cardápio. A primeira conduta deve ser procurar um profissional de saúde, pois somente um gastroenterologista pode descobrir através de diversos exames laboratoriais se a pessoa é celíaca ou não. "Uma dieta de exclusão do glúten sem determinação médica impossibilita o diagnóstico do nível de sensibilidade ao alimento, e dificultar o diagnóstico da doença de uma pessoa que pode ser celíaca pode acabar com a vida dela, porque se ela consumir uma pizza pode morrer por causa disso", enfatiza.
A nutricionista conta que "uma vez o paciente não sendo celíaco faz-se uma dieta de exclusão para observar se há alteração nos sintomas que ele apresenta. Se ao excluir o glúten não for observado nenhuma mudança, o problema dele pode ser outro, como amendoim, arroz etc... Se com a exclusão do glúten os sintomas melhorarem, o intestino dele será tratado com fibras probióticas e então o alimento é reintroduzido. Essa exclusão pode ser por 20 ou 30 dias. Depois da reintrodução a pessoa vai comer aquele alimento de três em três dias." Simone destaca que comer o mesmo alimento diariamente não é saudável para ninguém.
Correlação com outras doenças
O exagero no consumo de qualquer alimento pode levar o organismo a desenvolver uma hipersensibilidade a algum ingrediente. Francisco lembra que "às vezes uma pessoa sempre teve uma leve intolerância ao glúten, e ao ingeri-lo frequentemente ela tem os sintomas exacerbados na idade adulta".
Embora várias doenças sejam atribuídas ao consumo de glúten, ele não causa problemas nas pessoas que não apresentam qualquer hipersensibilidade ou intolerância à proteína. Mesmo assim diversos estudos científicos demonstram que uma dieta livre de glúten pode fazer parte do tratamento de outras doenças não-celíacas, como autismo, diabetes, artrite reumatoide, enteropatia por HIV, transtornos neurológicos – como TDAH, esquizofrenia e esclerose múltipla –, Síndrome do Cólon Irritável, dermatite herpetiforme e outras doenças complexas.
Simone complementa que alimentos fontes de glúten têm um alto fator inflamatório, e mesmo não sendo o causador de tantos males, ele faz parte da sistemática dessas doenças. Ela ressalta que a dieta de exclusão de glúten não é "modismo", mas serve para tratar as pessoas que tem hipersensibilidade à essa proteína, devido ou não a uma condição de saúde anterior.
"Às vezes a pessoa tem uma enxaqueca há anos e não sabe porque, aí em certo momento ela resolve fazer uma dieta de exclusão de glúten e sente que a dor de cabeça dela diminuiu muito, assim ela pode perceber que tem algum problema com esse alimento", exemplifica a nutricionista. Contudo ela frisa que o principal aspecto em qualquer tratamento é a individualidade: "Tirar leite e glúten não é a solução de todo mundo, a dieta deve ser sempre baseada em exames médicos."
Casos
Poliana Rios, dona de casa, conta que sempre tinha uma sensação de azia e percebia que constantemente sua barriga ficava inchada e a sentia pesada, mas nunca teve o diagnóstico de doença celíaca. Ela confirma que antigamente era acostumada a comer pão, macarrão, bolacha e outros alimentos provindos do trigo.
Em 2005, Poliana deu à luz a João Vithor, seu primeiro filho, e precisou fazer uma dieta restritiva de glúten para amamentar seu filho, que era celíaco. "Eu já sabia que eu era intolerante ao leite e alérgica ao ovo, mas um exame que eu fiz não apontou nada em relação ao trigo", argumentou.
Em 2012 Poliana, que tinha 27 anos à época, precisou novamente fazer uma dieta restritiva para voltar a amamentar João Vithor que estava internado. Após essa segunda fase de dieta restritiva ela tentou retornar ao consumo de derivados de trigo. "Comi um pão francês com margarina sem leite e ainda me senti mal, foi onde eu vi que o glúten me fazia mal também", diz.
A dona de casa conta que hoje em dia tudo em sua casa foi substituído "aqui não entra trigo porque a minha filha Nicole também é celíaca; até se eu comer na rua, qualquer coisa eu já me sinto mal, minha barriga fica doendo até quatro dias depois" narra.
Samantha de Consuello, fisioterapeuta, começou a apresentar desconforto com o consumo de alimentos com trigo somente após a idade adulta. "Quando eu tinha uns 30 ou 31 anos comecei a ter muitos gases e diarreia sempre após as refeições, logo após vieram dores e muito vômito praticamente toda vez que eu comia alguma coisa", relata.
Ela conta que começou a observar os próprios hábitos alimentares, já que ela é alérgica a várias coisas, "meu corpo pode ter tido essa reação por causa de um excesso de glúten que havia no meu organismo, porque naquela época minha dieta tinha muito carboidrato derivado do trigo", assume.
Naquela mesma época a fisioterapeuta fez uma viagem e foi a única que passou mal com o que comia, foi quando ela desconfiou que todo aquele incômodo poderia vir do glúten contido nos carboidratos que ela ingeria habitualmente. "Na internet eu descobri a intolerância ao glúten, e comecei eu mesma, Samantha, a diminuir o glúten da minha dieta. Quando eu diminuí o glúten eu vi que melhorava, sem ele eu não tinha enjoo, fraqueza, mal-estar, nem os gases."
Dieta
Ao chegar de viagem Samantha marcou consulta com um gastroenterologista e continuou sem consumir glúten por quase 30 dias. O gastro a encaminhou para uma alergista que pediu o exame que apontou intolerância ao glúten. A alergista, por sua vez, indicou uma dieta temporária de restrição completa de glúten e recomentou um nutricionista.
"Quando eu vi que eu estava muito boa, eu voltei a comer trigo. Depois disso eu nunca mais tive as crises de antes porque eu fiz uma desintoxicação do glúten. Eu posso até comer pizza, um misto quente, tranquilo… mas se eu passar dois dias repetindo essa dieta eu já tenho uma crise e dou diarreia", relata.
Samantha declara que é bem controlada em sua dieta e acredita que os médicos foram um canal de benção na sua vida, mas ela destaca que sequer precisou ficar retornando frequentemente a esses profissionais porque a sua cura se deu primeiramente a seu Deus, "um Deus vivo que cura, que restaura e que cuida de mim", certifica.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Cápsulas, líquidos ou em pó: detox para todos os gostos

Saiba qual o melhor tipo de produto para se desintoxicar e ganhar mais saúde

BEATRIZ SALOMÃO
Rio - Você está sempre com pressa e, na hora de comer, alimentos industrializados são sempre a pedida para a sua falta de tempo? Chega o fim de semana e nada parece mais apropriado do que chope e tira-gosto? Não é raro você pensar como seria bom poder ‘desintoxicar’ o organismo. Hoje, uma lista de produtos promete isso. E de forma rápida, sob medida para sua falta de tempo. Mas especialistas alertam: é preciso cuidado na escolha.
A modelo Larissa Lazaretti, 23 anos, recorre ao detox instantâneo nos dias em que exagera na alimentação. “Já li sobre isso na internet
Foto:  Márcio Mercante / Agência O Dia
São os chamados Detox: em cápsulas, líquido, pó, em caixinha... Todos têm a mesma função, segundo a nutricionista da rede Mundo Verde, Bruna Murta, que é fornecer antioxidantes ao corpo e ajudar o fígado a eliminar as toxinas. A escolha deve ser feita pelo rótulo.

Por exemplo, a linha Detox instantâneo, da Sanavita, apresenta mais variedades de sabores, porém os sucos são mais calóricos do que os demais (entre 50 e 70 calorias a cada 20g de pó). Na composição, além de frutas e folhas desidratadas, há substâncias como edulcorante (adoçante), corantes e aromatizantes. Uma versão ‘mais natural’ seria o Detox Monstro, da mesma fábrica dos sucos Do Bem.

COLINA: BOA PARA O CÉREBRO

O Detox Mundo Verde em cápsulas e o Smart Detox líquido são menos calóricos, com menos de 10 calorias. Já para quem procura funções além da desintoxicação, uma boa opção é o Detox Clean e Repair, que contém colina, substância presente na gema do ovo que melhora a parte neurológica. 

Apesar das promessas, por ser um produto artificial, especialistas alertam que o uso deve ser recomendado. Gláucia Pastori, doutora em Ciência de Alimentos pela Unicamp, alerta ainda que o uso de detox artificial não pode ser contínuo. É preciso recorrer à natureza para equilibrar o corpo, ou seja, comer frutas e verduras. “A pessoa deve mastigar para estimular o sistema digestivo a funcionar integralmente”, explica, acrescentando que ainda faltam provas científicas dos benefícios dos produtos.

PARA LIMPAR O CORPO

Desintoxicar o corpo é eliminar os ‘excessos’ de gordura, sal, agrotóxicos, derivados do cigarro, álcool, além de produtos industrializados com corantes, aromatizantes e conservantes. Os alimentos antioxidantes servem para ajudar a prevenir males como hipertensão, Alzheimer, câncer e doenças cardiovasculares.

O fígado é o órgão responsável por essa limpeza e, com uma alimentação equilibrada, não são necessários suplementos artificiais. Os ‘alimentos detox’ são couve, frutas vermelhas, abóbora, beterraba, brócolis, chá verde, linhaça, tomate e cenoura. Os sucos devem ser batidos com água.
O que fazer após ‘meter o pé na jaca’? Por exemplo, se o excesso foi em uma churrascaria, com comidas repletas de sal, a dica é ingerir suco de melancia, de abacaxi ou pepino. Os alimentos melhoram o trabalho dos rins e ajudam na hora de retirar o sal do organismo. Se o excesso foi em gordura ou condimentos, deve-se comer saladas de brócolis e couve crua, que ajudam o fígado a processar as substâncias prejudiciais.

Sucos detox (artificial e natural) devem ser ingeridos em jejum, pela manhã. Isso porque nesse período a digestão e absorção dos componentes pelo organismo são mais rápidos. Outra dica é tomar um copo de água puro, após o suco, porque isso ajuda no metabolismo das fibras. Linhaça e aveia são boas para ajudar a eliminar gordura.

Receita: 3 unidades de couve-manteiga; metade de uma maçã verde; 1 talo de salsão; 1 rodela de 2 centímetros de abacaxi; 1 xícara de água. Preparo: corte o abacaxi, a maçã e o salsão em três partes e envolva cada uma das partes em uma folha de couve. Coloque todos os ingredientes na centrífuga e misture com a água. Outra opção é bater tudo no liquidificador.


Fonte: http://odia.ig.com.br/

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Descubra para que serve e onde encontrar cada tipo de vitamina


Descubra para que serve e onde encontrar cada tipo de vitamina Divulgaçã/Divulgação
Alimentação pouco variada provoca doenças derivadas da avitaminose

As vitaminas promovem diversos benefícios para o corpo, além de manter o funcionamento do organismo em ordem. Segundo o nutrólogo André Veinert, elas também pertencem a um grupo de nutrientes orgânicos que promovem o bem-estar físico e mental. Por isso devem ser ingeridas diariamente em porções adequadas.
— A quantidade a ser ingerida pode variar conforme idade, sexo, estado de saúde e atividade física da pessoa. As doses de vitaminas devem ser aumentadas e reforçadas em gestantes, lactantes e pessoas com saúde debilitada— explica o especialista.
As vitaminas são classificadas de acordo com as substâncias que as dissolvem. As vitaminas A,D,K, E são lipossolúveis, ou seja, solúveis em gordura. Se ingeridas em excesso, podem prejudicar o organismo. Já a vitamina C e as do complexo B (1, 2, 3, 5, 6, 8 e 9) são hidrossolúveis (solúveis em água). Elas são excretadas pelos rins e podem ser consumidas diariamente.
O nutrólogo alerta para a carência de vitaminas no organismo, que pode causar avitaminose e outras doenças.
— A ausência pode ser causada por uma alimentação pouco variada. Quem não consome frutas ou verduras pode desenvolver algumas doenças como consequência da avitaminose— afirma.
Mas lembre-se que o consumo abusivo também se torna um perigo à saúde. Procure a orientação de especialistas, mantenha hábitos saudáveis e faça exercícios físicos, assim você manterá todo o seu organismo e sua mente funcionando em perfeita sintonia.
Conheça as principais vitaminas e suas funções mais importantes:
Vitamina A
Possui um papel muito importante na visão, no crescimento, desenvolvimento e manutenção da pele. Onde encontrar: alimentos de origem animal, vegetais folhosos verde-escuros, frutas amarelo-alaranjadas.
Vitamina D
É fundamental no metabolismo dos ossos, ajudando na prevenção de doenças como raquitismo, osteomalácia e osteoporose. Onde encontrar: óleo de fígado de peixe, manteiga, nata, gema de ovo e salmão.
Vitamina E
Está relacionada à prevenção de condições associadas ao estresse oxidativo, tais como envelhecimento, câncer, doença cardiovascular, entre outras. Onde encontrar: amêndoas, óleo de milho, óleo de soja, gema de ovo, nozes, gérmen de trigo.
Vitamina C
Ajuda a fortalecer o sistema imunológico, auxilia no processo de absorção do ferro pelo organismo, no combate ao stress e age como antibiótico natural. Onde encontrar: abacaxi, morango, limão, laranja, maracujá.
Vitamina K
É importante para uma boa coagulação sanguínea, estando presente na gordura dos alimentos especialmente de origem vegetal. Onde encontrar: alimentos verdes, como vegetais de folhas e legumes como couve, brócolis e salsa.
Vitamina B12
Está associada ao funcionamento de todas as células e também do tecido nervoso. Sua ausência pode provocar alterações neurológicas e o desenvolvimento de anemia megaloblástica. Onde encontrar: fígado e rim, leite, ovo, peixe, queijos e carnes.
Vitamina B1 (Tiamina)
Mantém o sistema nervoso e circulatório em bom funcionamento e auxilia na formação do sangue e no metabolismo de carboidratos. Previne o envelhecimento, melhora a função cerebral, combate a depressão e a fadiga. Onde encontrar: vegetais de folhas (alface romana, espinafre), berinjela, cogumelos, grãos de cereais integrais, feijão, nozes, atum, carne bovina e de aves.
Vitamina B2 (Riboflaviana)
Previne catarata, ajuda na reparação e manutenção da pele e na produção do hormônio adrenalina. Onde encontrar: vegetais, grãos integrais, leite e carnes.
Vitamina B3 (Nicotinamida)
Reduz os triglicerídeos e colesterol e auxilia no funcionamento adequado do sistema nervoso e imunológico. Onde encontrar: levedura, carnes magras de bovinos e de aves, fígado, leite, gema de ovos, cereais integrais, vegetais de folhas (brócolis, espinafre), aspargos, cenoura, batata-doce, frutas secas, tomate, abacate.
Vitamina B5 (Ácido pantotênico)
Auxilia na formação de hemácias e na desintoxicação química. Previne degeneração de cartilagens e ajuda na construção de anticorpos. Onde encontrar: carnes, ovos, leite, grãos integrais e inteiros, amendoim, levedura, vegetais (brócolis), algumas frutas (abacate), ovário de peixes de água fria, geleia real.
Vitamina B6 (Piridoxina)
Reduz o risco de doenças cardíacas, ajuda na manutenção do sistema nervoso central e no sistema imunológico. Além disso, alivia enxaquecas e náuseas. Onde encontrar: cereais integrais, semente de girassol, soja, amendoim, feijão, aves, peixes, frutas (banana, tomate, abacate) e vegetais (espinafre).
Vitamina B7 (Biotina)
Promove o crescimento celular, auxilia na produção de ácidos graxos e redução de açúcar no sangue. A vitamina B7 previne a calvície e também alivia dores musculares. Onde encontrar: carne de aves, fígado, rins, gema de ovo, couve-flor, ervilha.
Vitamina B9 (ácido fólico)
Promove a saúde dos cabelos e da pele. A vitamina B9 fornece nutrientes para garantir a manutenção dos sistemas imunológico, circulatório e nervoso e ajuda no combate do câncer de mama e de cólon.
Vitamina B12 (Cobalamina)
Age sobre os glóbulos vermelhos, células nervosas, no equilíbrio hormonal e na beleza da pele. Quando o consumo de alimentos ricos em vitamina B12 é pequeno, deve-se tomar um suplemento alimentar para evitar a anemia e outras complicações. Onde encontrar: fígado, rins, carnes, peixes, ovos, leite, queijo.
Fonte: ClicRBS

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Peito de peru pode ser inimigo da dieta. Saiba o motivo:



Um lanche com peito de peru nem sempre é a melhor ideia.
Um lanche com peito de peru nem sempre é a melhor ideia. Foto: atm2003/ Fotolia
Existe o mito que o peito de peru é um alimento saudável por ser de baixa caloria e possuir baixo teor de gorduras. Mas, a verdade é que ele possui muitos pontos negativos, como o excesso de sódio.

Pão integral, peito de peru, queijo branco e suco de laranja. Este pode parecer o café da manhã ideal para aqueles que buscam a perda de peso através de alimentos nutritivos e de baixa caloria. Seria, não fosse pela grande quantidade calórica contida no suco de laranja e, principalmente, pelo excesso de sódio na composição do peito de peru.

"Em algumas marcas o nível pode superar 1.000mg a cada quatro fatias, ou seja, mais de 1g de sal. A OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda o consumo de 5g/dia de sal", afirma Marco Jafet, da Jafet Nutrição. Muitas pessoas têm dúvida sobre essa relação, então o nutricionista explica: "O sal é composto de sódio (40%) e Cloro (60%), resultando no Cloreto de sódio. Portanto, 5 gramas de sal equivalem a dois de sódio”.
Os embutidos, como são chamados esta categoria de alimentos, levam em sua composição um aditivo chamado Nitrato, que no estômago pode se converter em nitritos. Esses por sua vez se transformam em nitrosaminas, que são os são agentes carcinogênicos, substância que pode causar o câncer, explica Jafet. Outro ponto a ser levado em consideração, é que o elevado consumo de sódio pode causar hipertensão arterial, favorecendo o risco de AVC (acidente vascular cerebral). Além disso, em dietas de perda de peso, o excesso de sal promove retenção hídrica, inchaço e perda da definição muscular.

Os erros mais comuns cometidos por muitos que buscam a perda de peso através da redução de calorias é olhar a tabela nutricional dos alimentos e se preocupar apenas com a quantidade de calorias e totais de gorduras. Atualmente a nutrição visa focar na qualidade dos nutrientes presentes no alimento e não na quantidade de calorias.

É o que explica a nutricionista Fabiana Honda, da PB Nutrição. “O ideal na alimentação é fazer um rodízio entre os alimentos e não consumir a mesma coisa todos os dias. O peito de peru pode ser substituído por ovo, patê de atum ou de frango, rosbife caseiro, homus ou pasta de tofu, por exemplo”, recomenda a profissional, que é Graduada pela USP e especialista em Fisiologia do Exercício pela Unifesp.

Agora que você já leu sobre alguns dos riscos que podem ser causados pelo consumo do peito de peru, já sabe o que consumir nos lanches e cafés da manhã pré e pós treino. Pense além das calorias e procure se atentar também às gorduras e carboidratos e aos demais itens da tabela nutricional.


quarta-feira, 30 de abril de 2014

Saiba como preparar o corpo para o inverno

Saiba como preparar o corpo para o inverno

Uma alimentação balanceada ajuda o nosso organismo a se manter equilibrado contra as doenças
Abrahão Hackme
A estação que movimenta os centros comerciais, restaurantes e até mesmo viagens para fora do país, traz também riscos para saúde.
O inverno é tratado como o grande vilão do corpo humano, pois, necessita de muito equilíbrio com a alimentação, exige mais práticas de atividades físicas e cuidados na prevenção contra doenças.
Para uma boa alimentação, nesse período é essencial o consumo de alimentos que ajudam na prevenção de doenças, como: verduras, legumes, frutas e cereais integrais que fazem parte de uma alimentação equilibrada, pois são ricos em vitaminas e minerais.
“No inverno, a alimentação tem que ser saudável e composta de carboidratos que forneçam energia para o organismo, além de proteínas, que servem na construção e manutenção dos tecidos, formação de enzimas, hormônios e anticorpos”, explica a nutricionista, Maralisi Clemente Piloni.
exercícios ; Já com a prática de exercícios, no inverno, é recomendado um mínimo de 30 minutos diários de atividade física, como caminhada, corrida, natação e musculação. A diferença é que, o corpo sofre menos com o calor e desgaste. 
“É importante sempre estar em movimento, evitar ficar parado sem atividade física por mais de uma semana e buscar alimentação balanceada”, esclarece o personal trainer, Marco Aurélio Cegarra.
As doenças mais comuns nesta época do ano são as infecciosas, causadas por vírus e bactérias, principalmente as do sistema respiratório, que afetam a região do nariz, ouvido e garganta, causando febre, cansaço e dor no corpo. 
“Para evitar esses tipos de doenças, é importante lavar sempre as mãos e evitar grandes aglomerações em lugares fechados”, previne o endócrino, Flavio Pirozzi.
prática  /O Advogado Wilson Meirelles Silva de 37 anos, conta que nessa época evita comer salgados e frituras e revela ser da geração “saúde”. “Nessa correria que tenho de escritório, consigo parar para malhar só no fim de noite. Mas tomo todos os cuidados, pois, no inverno costumamos abusar de pratos pesados. Depois de malhar sempre consumo alimentos que tenham vitamina A e C”, conta o advogado.
Alimentação sempre balanceada no inverno 
A alimentação no inverno deve ser balanceada e o consumo de cereais integrais, castanhas, nozes, sementes de linhaça, canela, gengibre, frutas, verduras e legumes variados ajuda a proteger o organismos das doenças. Estes alimentos são ricos em vitaminas A, C, e dentre outras ações, ajudam a manter o corpo sempre saudável.
Período frio aumenta o risco de doenças e até de morte
As doenças no inverno se agravam com a exposição ao frio. Assim como cresce o risco de  infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e arritmias, que podem levar à morte. 
Ficar sem comer pode causar sérios danos
A deficiência de vitaminas causa alterações em órgãos, pele, mucosas, doenças respiratórias, cegueira noturna, boca e olhos secos, dor e sangramento da gengiva, dores musculares e nas articulações, falta de apetite, deficit de desenvolvimento em crianças e fadiga. Evite o excesso de doces, massas, frituras e carnes processadas.
A fisioterapeuta Rosiley Cosenza Dourado, fala dos cuidados e as vantagens dos exercícios no inverno. “A prática de exercícios nessa época ajuda na melhora do apetite e do sono, além de ser saudável e reduzir os riscos à saúde. Isso porque os exercícios e as atividades físicas tornam o coração menos vulnerável a doenças”. Rosiley ainda ressalta a perda de calorias com o frio. “Com o clima mais frio, o corpo irá queimar mais calorias para manter-se aquecido, aumentando seu próprio calor. Desta maneira, as pessoas que pretendem eliminar peso podem beneficiar-se com as mudanças fisiológicas do corpo geradas pelo frio”. Ela finaliza dizendo sobre os tipos de roupas que devem ser usadas. “O ideal é usar roupas leves como calça e casaco de moletom.”

terça-feira, 29 de abril de 2014

CRN-2 divulga manifesto em jornal gaúcho

Alerta à população

O Conselho Regional de Nutricionistas 2ª Região (CRN-2), preocupado com o aumento dos índices de obesidade da população e com a qualidade da alimentação oferecida às crianças e aos adolescentes, vem alertar a sociedade quanto às ações de propagandas na rede escolar pública que induzem, por meio de atividades lúdicas e pedagógicas, o consumo de refrigerantes - produtos alimentícios sem valor nutricional.

Nós, NUTRICIONISTAS, preocupamo-nos com a publicidade que estimula padrões alimentares não saudáveis, em especial a estas faixas tão sensíveis aos apelos de marketing.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Exercício físico no calor excessivo

Pingar de suor significa que o corpo luta para manter seus 37 graus Celsius de praxe. A molhadeira nada mais é do que uma Exercício físico no calor excessivoestratégia do organismo para resfriar a pele e, assim, impedir que a temperatura vá às alturas. É por isso que durante o exercício, quando cerca de 75% da energia produzida com os movimentos se transforma em calor, a camisa tende a ficar encharcada. Depois de uma hora de atividade moderada sob o sol, chega-se a perder 1 litro e meio de água. 
 Praticar exercícios quando o clima está quente exige mais do sistema de refrigeração corporal o que pode ser perigoso. O organismo passa a produzir cada vez mais suor. Isso diminui o volume do plasma sangüíneo, comprometendo não apenas o mecanismo de perda de calor, mas também o sistema cardiovascular e a própria capacidade de realizar exercícios, chama a atenção Luiz Oswaldo Rodrigues, fisiologista da Universidade Federal de Minas Gerais. Cãibra, fadiga, tontura e desmaio são sinais de que a temperatura do corpo está passando do ponto.
Ignorá-los é bastante arriscado. O organismo pode sofrer hipertermia ir muito além dos 39° C e parar de funcionar (veja ao lado). Quanto menos condicionada a pessoa estiver, mais rápido os sintomas aparecerão, avisa Rodrigues. Por isso, se você não está acostumado a malhar, não invente de patinar no calçadão, correr na areia ou fazer trekking em pleno meio-dia sem antes se preparar. E, mesmo que seja fã antigo de exercícios, maneire no verão.
As estratégias para o calor e se exercitar numa boa 
Para evitar problemas ao malhar no calor do verão, a primeira medida é diminuir o ritmo. A intensidade e a duração da atividade física devem ser menores, aconselha o fisiologista Paulo Zogaib, do Centro de Medicina Preventiva e do Esporte do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Fuja, claro, dos horários mais quentes do dia, com sol a pino. Outro cuidado importantíssimo é a hidratação, que precisa ser feita antes, durante e depois do exercício. O certo é beber água mesmo sem sentir sede, afirma Laíra Campêllo, especialista em Medicina do Esporte da Universidade Federal de São Paulo. Tenha como referência a orientação médica: tomar cerca de 300 mililitros de água (um copo grande) a cada 20 minutos de atividade física. Assim, você repõe o líquido e os sais minerais perdidos durante a transpiração. Daí é mais difícil sofrer cãibras, visão turva e mal-estar.
Quem preferir pode tomar bebidas isotônicas, mas sem achar que, por causa disso, estará mais protegido. Só os atletas têm benefícios trocando a água por esses preparados, desmistifica Laíra. E, claro, nunca é demais avisar que a cerveja, tão querida pelos brasileiros no verão, não serve para reidratar o corpo. A ação diurética da bebida faz com que a pessoa perca mais líquidos do que ingeriu, piorando o quadro, alerta Paulo Zogaib.
Quem pratica atividade física na piscina sofre menos desconforto, desde que não entre na água aquecida um risco e tanto. Em poucos minutos a pessoa pode ter hipertermia, pois a troca de calor com a água é quatro vezes mais rápida do que com o ar, avisa Cláudia Forjaz, professora de fisiologia da Universidade de São Paulo. Já procurar espaços ventilados para se exercitar ajuda e muito. O contato com o ar mais frio resfria a pele, explica a fisiologista. Um parque cheio de árvores, com vento e sombra de sobra, é o cenário perfeito para mexer o corpo na época mais quente do ano.
Com que roupa? 
Tirar a camisa para malhar não alivia o calor. A radiação do sol direto na pele esquenta ainda mais, destaca Cláudia Forjaz. Não é à toa que jogar vôlei na praia apenas de sunga ou biquíni cansa um bocado. Para se proteger, o ideal é usar roupas claras elas refletem os raios solares e leves. Se o calor for muito intenso, vale molhar com água uma camiseta de algodão. Outra opção é vestir um daqueles tecidos hi-tech com mecanismos que facilitam a transpiração. Alguns têm furinhos em formato de cone que auxiliam na evaporação do suor, conta Zogaib.
Além dos limites de segurança 
O que pode acontecer se você não tomar cuidado ao se exercitar no calor 
Cãibras 
A perda de sais minerais na transpiração perturba o chamado equilíbrio eletrolítico, que garante o bom funcionamento dos músculos. Daí surgem os espasmos, mais freqüentes no abdômen e na panturrilha (batata da perna).
Síncope 
Na falta de bons goles de água ou suco para reforçar a hidratação, o volume de sangue diminui. A pressão arterial cai, gerando fraqueza generalizada, tontura, palidez e desmaio.
Exaustão 
Se o volume sangüíneo cai demais, o sistema cardiovascular não consegue garantir o fluxo de sangue para todo o corpo e entra em pane. As células em geral ficam desidratadas, o que provoca descoordenação, vertigem, dor de cabeça, náuseas e vômito.
Choque térmico 
Se a desidratação é intensa, o suor diminui e a pele fica seca e quente. A temperatura ultrapassa os 39° C e danifica os mecanismos termorreguladores. Há risco de morte.
Primeiros socorros 
- O que fazer para brecar o processo de hipertermia
- Remova a pessoa para a sombra ou para um local com ar refrigerado;
- Retire as roupas e resfrie o corpo dela com ventilador ou compressas de água gelada, começando pela cabeça;
- Se a pessoa estiver lúcida, force-a a ingerir água, soro caseiro ou suco de frutas;
- Mantenha os pés elevados acima da cabeça;
- Não use antitérmicos;
- Monitore a temperatura. Se estiver acima dos 39° C, é hora de correr para o hospital.
Problemas são maiores em lugares úmidos 
O ideal é deixar o organismo se acostumar ao ambiente antes de começar a se exercitar. Além da temperatura, o corpo precisa se acostumar à umidade relativa do ar, que varia de cidade para cidade. Ambientes muito úmidos dificultam a evaporação do suor, esclarece o fisiologista Luiz Oswaldo Rodrigues, da Universidade Federal de Minas Gerais. Resultado: mesmo com o rosto molhado, a pessoa não consegue abaixar a temperatura corporal. Em locais muito secos, também há riscos, pois a perda de água é extremamente rápida. Daí a importância da aclimatação deixar o corpo se acostumar com essas variáveis antes de partir para a ação. Durante viagens, é bom esperar uns três dias para retomar a rotina de exercícios, indica Rodrigues. Segundo dados do Ministério da Agricultura, o Pará é o estado mais quente e úmido do país. O campeão da secura é o Ceará. Apesar do calor, o Rio de Janeiro costuma ter umidade na medida certa.
Os mecanismos para esfriar o corpo 
Entenda como o organismo reage diante do calorão 
Suor 
O hipotálamo, região do sistema nervoso, estimula as glândulas sudoríparas a retirar água e sais minerais do plasma sangüíneo para jogá-los na pele através dos poros. Ao entrar em contato com a pele quente, o suor se evapora, o que ajuda a dissipar o calor. Por isso, se você enxugar o suor, impedindo que haja a evaporação, vai continuar esquentando.
Vasodilatação 
Há sensores de temperatura por toda a pele. Eles avisam ao cérebro que o corpo está aquecido. Ao receber essa mensagem, o hipotálamo aumenta o fluxo sangüíneo nas regiões superficiais do corpo para que o sangue se resfrie é por isso que o rosto fica avermelhado. Daí, mais fresco, o sangue circula pelo organismo ajudando a abaixar sua temperatura.
Fonte: Revista Saúde

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