quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Segundo estudos, chocolate escuro pode diminuir a pressão sanguínea

O consumo diário de chocolate escuro pode ajudar a reduzir levemente a pressão sanguínea, segundo indica uma análise de 20 estudos.

A pesquisa foi feita pelo grupo Cochrane – colaboração internacional de milhares de especialistas que revisam estudos já realizados.

A causa seria o cacau, principal ingrediente do chocolate, que relaxa os vasos sanguíneos.
A teoria é que o cacau contém o flavonoide, que faz o corpo humano produzir a substância química chamada óxido nítrico, que "relaxa" os vasos, facilitando a passagem do sangue e, por consequência, diminuindo a pressão sanguínea.

Os estudos anteriores, combinados pela análise Cochrane, haviam apresentando resultados variados.

A quantidade diária de cacau consumida por cada participante varia de 3g a 105g, mas todos apresentaram uma leve redução na pressão. Uma pressão sistólica de 120 mmHg (milímetros de mercúrio) é considerada normal. O cacau reduziu-a entre 2 a 3 mmHg. Mas os estudos duraram apenas duas semanas, portanto os efeitos no longo prazo são desconhecidos.

"Embora não tenhamos ainda evidência de diminuição sustentada da pressão sanguínea, a pequena redução que observamos no curto prazo pode complementar outras opções de tratamento e pode contribuir para reduzir o risco de uma doença cardiovascular", disse a pesquisadora que liderou a revisão, Karin Ried, do Instituto Nacional de Medicina Integrada de Melbourne, Austrália.

Pressão alta é um problema comum, sendo relacionada com 54% dos ataques cardíacos em todo o mundo e 47% das doenças coronárias.

Entretanto, especialistas dizem que há maneiras mais saudáveis de se diminuir a pressão do sangue já que o chocolate possui muita gordura e açúcar.

Há inclusive um alerta na publicação médica Lancet de que o chocolate escuro pode conter menos flavonoide do que se imagina já que a substância pode ser removida por ser amarga.
"É difícil saber ao certo a quantidade de flavonoide do cacau que seria necessária para que seja observado um efeito benéfico e qual a melhor forma de obtê-la", diz Victoria Taylor da Fundação Britânica do Coração (British Heart Foundation).

"As 100g de chocolate que precisariam ser consumidas diariamente, segundo alguns estudos, também viriam com 500 calorias. Isto é um quarto da recomendação diária para mulheres."

"Feijões, maçãs e outras frutas também contêm flavonoide e, mesmo vindo em menor quantidades do que no cacau, estas opções tem menos efeitos indesejáveis do que os encontrados no chocolate", disse ela.

Fonte: BBC 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Rótulos em alimentos confundem o consumidor

Rotulagem de alimentos não segue padronização e confunde os consumidores.

No Brasil, a rotulagem nutricional nos alimentos industrializados contém as informações sobre o valor energético (ou valor calórico), conteúdo de gorduras (saturada e trans), proteínas, carboidratos, sódio e fibras. Estes dados nutricionais são referentes a uma porção em gramas ou mililitros do produto alimentício e não ao produto inteiro. A porção é previamente definida por uma legislação brasileira e representa uma recomendação de consumo para pessoas sadias a cada vez que o alimento é consumido, com intuito de promover a alimentação saudável. No rótulo deve constar, ainda, a informação da medida caseira referente à porção, por exemplo, uma xícara ou uma unidade.

No entanto, a declaração de porções diferentes entre alimentos similares e a apresentação de medidas caseiras difíceis de serem aplicadas na prática podem comprometer o uso da rotulagem nutricional nas decisões de compras dos consumidores. "Isso ocorre em função da dificuldade de comparar as informações nutricionais e entender os dados disponíveis nos rótulos", avalia a nutricionistaNathalie Kliemann, que estudou a rotulagem em seu mestrado.

A dissertação desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) e ao Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nuppre) da Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC) analisou como a porção e a medida caseira estão sendo declaradas nos rótulos dos alimentos industrializados ultraprocessados. O estudo foi realizado em um grande supermercado de Florianópolis, capital do estado de Santa Catarina.

Foram analisados 2.072 alimentos, que apresentaram uma variação significativa na declaração do tamanho da porção. Os resultados revelam uma variação mínima de 70% (21 a 30g entre biscoitos salgados), chegando a uma variação máxima de 765%, entre pratos preparados prontos e semiprontos (55 a 420g).

"Para a simples comparação de valores nutricionais entre alimentos similares é preciso realizar cálculos, em virtude da falta de padronização do tamanho da porção", avalia Nathalie. Segundo ela, o estudo também mostrou 9,3% de alimentos que apresentaram porção menor do que o recomendado. A nutricionista ainda observou que grande parte desses alimentos apresentaram menor densidade energética e maior peso total quando comparado com outros.

Um exemplo encontrado foi o de dois doces de amendoim,o primeiro tinha porção de 15 gramas e 78 kcal; o segundo de 20 gramas e 84 kcal. A nutricionista alerta que se ambos seguissem a porção de referência, que é de 20 gramas, o primeiro alimento seria aquele com maior valor energético por porção, embora em uma leitura rápida possa parecer o contrário. São informações que, na opinião da profissional, podem induzir o consumidor a equívocos em relação à composição nutricional do alimento.

"As informações disponíveis nesses rótulos infringiram o direito do consumidor a informações corretas e fidedignas", considera Nathalie, que foi orientada em sua pesquisa pela professora Rossana Pacheco da Costa Proença e contou com a colaboração da professora Marcela Boro Veiros (ambas ligadas ao Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC).

De acordo com as nutricionistas, é possível que diante da baixa densidade energética de alguns alimentos, o tamanho da porção pode estar sendo utilizado para ressaltar essa característica. Além disso, porções muito pequenas, em embalagens grandes, podem dificultar o entendimento do tamanho da porção na rotulagem nutricional, especialmente pelo fato de não haver a obrigatoriedade da informação sobre o número de porções presentes na embalagem.

Com relação à medida caseira, o estudo detectou termos pouco específicos, como "colher", sem especificação do tipo. Além disso, o uso de tipos de medida caseiras inadequadas aos alimentos, como em um queijo de minas a medida caseira ser uma colher, sendo que esse alimento geralmente é consumido em fatias. Outro exemplo é um queijo no palito, em que a medida caseira é uma fatia, quando uma unidade deveria ser cada queijo no palito. "Esses resultados evidenciam a necessidade de definição de regras mais claras e coerentes para a declaração da medida caseira", avalia Nathalie.

Ela lembra que estudos realizados no Brasil e no exterior indicam que as informações sobre porção e medida caseira são pouco lidas pelos consumidores e estão entre os itens com menor nível de compreensão por eles. "Mas considerando a rotulagem como uma política de apoio para a difusão de informações nutricionais e a promoção de escolhas alimentares saudáveis, torna- se indispensável a revisão da legislação brasileira, assim como maior fiscalização das informações disponíveis aos consumidores", alerta a nutricionista.

Saiba Mais

Padronização

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que as informações nutricionais nos rótulos sejam padronizadas, precisas e compreensíveis, que permitam a comparabilidade entre alimentos similares e auxiliem na determinação do consumo. Para isso, aconselha que haja monitoramento dessas informações fornecidas aos consumidores, como também que se utilize a rotulagem nutricional como um instrumento de educação para o consumo.

Brasil aceita variação

Apesar dessas recomendações, a legislação brasileira permite que sejam declarados nos rótulos de alimentos porções com tamanhos diferentes daquelas recomendadas. É permitido que a porção nos rótulos seja até 30% maior ou menor que a recomendada pela legislação. Por exemplo, os biscoitos que têm porção recomendada de 30 gramas, podem declarar nos rótulos porções de 21 a 39 gramas. Além disso, nem todos os alimentos têm uma porção recomendada na legislação, como é o caso dos pratos prontos para o consumo, como lasanhas e pizzas. Para esses alimentos, a porção deve corresponder até 500 kcal do alimento.

Mais informações

Pesquisadora Nathalie Kliemann
E-mail: nathalie.kliemann@gmail.com

Professora Marcela Boro Veiros
E-mail: marcelaveiros@gmail.com

Professora Rossana Pacheco da Costa Proença
Telefones: (48) 3721-2218 e (48) 3721-5042
E-mail: rossana@mbox1.ufsc.br

FONTE

Agência de Comunicação da UFSC
Arley Reis - Jornalista
Telefone: (48) 3721-9601
E-mail: agecom@agecom.ufsc.br

Links referenciados

Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições

Programa de Pós-Graduação em Nutrição

Universidade Federal de Santa Catarina

Agência de Comunicação da UFSC

Rossana Pacheco da Costa Proença

Organização Mundial da Saúde

nathalie.kliemann@gmail.com

marcelaveiros@gmail.com

rossana@mbox1.ufsc.br

Marcela Boro Veiros

Nathalie Kliemann

UFSC

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Perda de peso e alimentação saudável podem reduzir os sintomas da menopausa

Mulheres que emagreceram seguindo uma dieta com pouca gordura a muitas frutas e legumes aliviam problemas como ondas de calor e suores noturnos.

Uma alimentação correta pode ser a principal aliada das mulheres no alívio dos sintomas que surgem com a menopausa. De acordo com uma nova pesquisa, publicada na edição deste mês do periódico Menopause, a perda de peso provocada por uma dieta com baixo teor de gordura e rica em frutas e vegetais reduz ou até elimina as ondas de calor e os suores noturnos, que são comuns no período.

O estudo foi financiado pela Kaiser Permanente, uma instituição de pesquisas em saúde que pertence a uma organização sem fins lucrativos e que tem unidades em Atlanta, Portland e Honolulu, todas cidades dos Estados Unidos. Segundo os autores, embora outros trabalhos tenham mostrado que o ganho de peso está associado aos sintomas da menopausa, essa é a primeira vez em que o emagrecimento atrelado a uma determinada dieta é relacionado à melhora desses problemas.

Ao todo, participaram do levantamento 17.473 mulheres de 50 a 79 anos que já haviam passado pela menopausa. Após acompanharem as participantes por cinco anos, os autores descobriram que aquelas que emagreceram ao menos 4,5 quilos no período do estudo — e que também não faziam terapia hormonal e comiam menos gorduras e mais cereais integrais, frutas e vegetais — apresentaram mais chances de reduzirem ou eliminarem os sintomas da menopausa do que as mulheres que mantiveram o peso.

Segundo Candyce Kroenke, que coordenou o estudo, as mulheres tendem a ganhar mais peso com a idade, e a prevenção desse aumento do peso pode ser usada como estratégia viável para amenizar os suores noturnos e as ondas de calor. Ela explica que quanto mais o corpo acumula gordura, maior é o isolamento de sua temperatura, e que esses sintomas são uma maneira de o corpo dissipar o calor.

CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Effects of a dietary intervention and weight change on vasomotor symptoms in the Women's Health Initiative

Onde foi divulgada: periódico Menopause

Quem fez: Candyce Kroenke, Bette Caan, Marcia Stefanick, Garnet Anderson, Robert Brzyski, Karen Johnson, Erin LeBlanc e outros

Instituição: Kaiser Permanente

Dados de amostragem: 17.473 mulheres de 50 a 79 anos

Resultado: Mulheres que, após a menopausa, emagrecem ao menos 4,5 quilos com uma dieta rica em frutas e vegetais e pobre em gorduras, mesmo sem reposição hormonal, têm maiores chances de reduzir ou eliminar sintomas do período como ondas de calor e suores noturnos.

Facebook Carolina Ritter: Clique aqui.

Fonte: http://vej
a.abril.co
m.br

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Segredos de uma alimentação saudável

Um dos grandes problemas da alimentação dos brasileiros é o excesso do sódio. Além disso, fritura e alimentos industrializados não fazem bem para a saúde. Veja no vídeo o cardápio ideal para uma dieta saudável e o que as famosas andam comendo.



Fonte: http://noticias.r7.com

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