quinta-feira, 13 de junho de 2013

ALHO: AÇÃO E INDICAÇÃO

Expectorante, antiséptico pulmonar, antiséptico digestivo e vermífugo. Hipotensor (ação vasodilatadora).

FORMAS UTILIZADAS

- Tintura (líquido)
- Cápsula Oleosa

Família

Liliáceas

Histórico e Curiosidades

Talvez o alho seja a planta aromática mais amada por uns e mais odiada por outros. Mas provavelmente é a mais produzida e comercializada em todas as regiões. A literatura coloca como sendo a Ásia o local de origem do alho, mas como é uma planta muito difundida já a muito tempo pelo homem, fica muito difícil determinar o local exato.

Planta de ciclo anual, normalmente é plantada no final do verão e colhida em torno de 6 meses. No Brasil é famoso pela dobradinha alho-cebola refogados juntos antes de se preparar qualquer outro alimento.

Existem muitas histórias envolvendo o alho, e provavelmente é uma das primeiras plantas domesticadas pelo homem, sendo conhecidos relatos de mais de 5.000 anos de idade na Suméria. Os Egípcios conheciam muito suas qualidades, sendo encontrado inclusive em tumbas de faraós. Na pirâmide de Gizé existe uma inscrição recomendando o consumo de um dente de alho toda manhã para dar forças aos escravos construtores.

No Egito antigo o alho era utilizado justamente como planta medicinal, e não aromática. Posteriormente é que passou a ser utilizado como condimento. No Japão medieval os japoneses se referiam aos chineses de modo pejorativo como "aquele povo comedor de alho". Existe uma história interessante que vale a pena contar: Trata-se de uma história medieval, chamada de "vinagre dos 4 ladrões".

Na Europa medieval, por volta do ano de 1300, estava alastrada a peste por quase todo o continente, matando grande quantidade de pessoas. Mas no meio de tanta desgraça, 4 ladrões de Marselha entravam nestas regiões de peste para roubar casas e comércios em geral.

Era um grande mistério como eles entravam nestas regiões e não se contaminavam. Posteriormente descobriram que antes deles entrarem nestes locais infectados eles enxaguavam a boca e limpavam as mãos com uma poção milagrosa. A composição desta poção é a seguinte: 20 gr de sumidades floridas de algumas destas plantas: losna, alecrim, sálvia, hortelã, arruda ou flores de alfazema; 30 gr de cada um destes aromáticos: casca de canela, ácoro, noz-moscada, cravo e alho; 5 gr de cânfora; deixar macerar em vinagre de vinho branco por 10 dias e depois filtrar.

Botânica

O alho é uma planta anual, de porte baixo, chegando a cerca de 50 cm de altura, possuindo folha verde escuro com muita cera. Produz um bulbo que varia de tamanho e de quantidade de bulbilhos (dentes), podendo produzir até 20 dentes ou mais.

Em condições especiais de cultivo produz flores, que ficam na extremidade superior de um escapo floral. Estas são muito pequenas e de coloração branca. O caule é muito pequeno e achatado onde se fixam os bulbilhos e fica enterrado. O que vemos na superfície do terreno são apenas folhas, com suas bainhas.

Parte Utilizada

Os bulbilhos, mas algumas pessoas utilizam as folhas como condimento.

Princípios Ativos

Planta riquíssima em princípios ativos, mais de 200 substâncias químicas já foram identificadas, e só de substâncias com efeito antibiótico já foram identificadas mais de 20, como alicina e uma série de outras substâncias como óleos essenciais, óleos fixos e ácidos orgânicos.

Ação Farmacológica e Indicações

Cada dia se descobre uma nova ação terapêutica para o alho, ou então a ciência confirma uma aplicação que a população já vinha empregando. Mas de uma forma muito simplista o alho é empregado como expectorante, para tosse, gripes, resfriados, e até mesmo no tratamento do reumatismo e vermes. Estudos mostram sua ação no controle da arteriosclerose, possui ação no controle do colesterol, e atua com um agente antiplaquetario, além de ajudar no controle da pressão alta.

Possui ação antitumoral, antioxidante, e ajuda no combate do estresse e fadiga Possui uma grande ação anti-séptica, inclusive em embutidos caseiros utilizamos uma grande quantidade de alho justamente para facilitar o processo de conservação. Você pode preparar um xarope fácil de alho, amasse alguns dentes, uns 3 ou 4 e coloque em uma vasilha de inox ou de porcelana, adicione cerca de 0,5 kg de mel, misture bem e deixe macerar por cerca de 20 dias.

Após este período retire o alho amassado e guarde o mel que conterá praticamente todos os princípios ativos do alho. Use uma colher de sopa 4 a 5 vezes ao dia. Não há resfriado que aguente.

Efeitos Colaterais

O alho consumido cru pode produzir um mal estar gástrico para algumas pessoas, bem como cápsulas de óleo de alho. Pode apresentar dermatites de contato em pessoas alérgicas e que possam entrar em contato com o olho com muita intensidade, como cozinheiras, por exemplo.

Não podemos nos esquecer que o odor que as pessoas que consome o alho, principalmente na forma cru exalam, tanto no suor quanto no hálito. Dezenas de estudos de toxicidade aguda, sub-aguda e crônica realizados por inúmeros pesquisadores com milhares de pessoas, demonstraram que o alho é uma planta muito segura. Não se recomenda o consumo do alho cru em casos de gastrite ou úlceras estomacais.

Ademar Menezes Junior
Fonte: www.oficinadeervas.com.br

Descubra o que está por trás dos rótulos dos alimentos

O rótulo dos alimentos é uma forma de comunicação direta entre o produto e o consumidor, principalmente por ter o primeiro contato visual, o que chama atenção muitas vezes. Quanto mais informações você conseguir identificar nele, melhores serão os resultados da dieta, sendo mais fácil seguir seu plano alimentar, contribuindo para a saúde e qualidade de vida.

De acordo com levantamentos do Ministério da Saúde, aproximadamente 70% das pessoas consulta o rótulo do alimento no momento da compra, porém, mais da metade não consegue compreender com clareza o significado das informações contidas neste.

No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é o órgão responsável pelas normas que regulam a rotulagem dos alimentos, visando a garantia de qualidade ao consumidor.

Vamos destacar itens importantes de serem verificados no rótulo para o sucesso da sua dieta!!

Lista de Ingredientes
 
Informa todos os ingredientes que compõem o produto (como se fosse a receita), detalhe importante principalmente para pessoas com restrições e intolerâncias (sódio, açúcar, sacarose, lactose, glúten), podendo identificar sua presença. Vale destacar que os ingredientes devem ser apresentados em ordem decrescente, ou seja, da maior para a menor quantidade no último item. A lista de ingredientes ajuda o consumidor a descobrir o que nem sempre a indústria quer que este saiba.

Prazo de Validade
 
Também é um item de extrema importância para ser verificado no rótulo, pois é o que determina a integridade, segurança e qualidade do alimento para ser consumido, devendo estar sempre impresso no produto em letras legíveis. O consumidor deve ter cuidado com produtos em promoção, geralmente estão próximos da data de vencimento, não os compre em excesso!

Tabela de Informação Nutricional
 
A ANVISA determinou os itens que devem compor obrigatoriamente a tabela de informação nutricional presente no rótulo dos alimentos, sendo eles:

1. Porção (em gramas ou ml)
Item importantíssimo, é a porção do alimento determinada pelo fabricante para destacar suas informações nutricionais. É quantidade média que deve ser usualmente consumida por pessoas sadias, promovendo a alimentação saudável.

2. Medida Caseira
Indica a medida geralmente utilizada pelo consumidor para medir os alimentos (fatias, colheres, copos, xícaras). Facilitando para o entendimento do consumidor.

3. % VD 
Percentual de Valores Diários, é um número que indica em %, o quanto o produto apresenta de energia e nutrientes em relação à uma dieta de 2000 Kcal.

4. Valor energético
É a quantidade de energia promovida pelo consumo deste alimento, deve ser expressa na rótulo em Kcal (quilocalorias) e KJ (quilojoules).

5. Carboidratos

6. Proteínas

7. Gorduras totais

8. Gorduras saturadas

9. Gorduras trans

10. Sódio

11. Fibras

O que os rótulos não devem apresentar

Palavras ou desenhos que possam induzir o consumidor ao erro, tornando a informação falsa, como chocolates que apresentam que seu consumo em determinada quantidade equivale ao consumo de uma porção de leite, pois estes alimentos não podem ser comparáveis.

Demonstrar propriedades especiais que o produto não possua ou não possam ser apresentadas, como por exemplo produtos que quando consumidos reduzem o risco de doenças cardiovasculares.

Presença ou ausência destacada de componentes que sejam próprios de alimentos de igual natureza, como “óleo vegetal sem colesterol”, sendo que nenhum óleo vegetal possui colesterol em sua composição.

Indicações de que o alimento possui propriedades terapêuticas ou medicinais, ou estimular seu consumo como forma de melhorar a saúde, prevenir doenças ou como ação preventiva, “emagrece”, “previne a osteoporose”, fique atento!!

A rotulagem de gorduras trans que muitas vezes engana o consumidor

Segundo alguns estudos, o consumidor pode consumir enganosamente e inadvertidamente grandes quantidades de gorduras trans (potencialmente perigosas à saúde), devido à rotulagem enganosa feita pelas indústrias de alimentos.

A maioria das pessoas compram produtos com a chamativa frase”livre de gorduras trans”, acreditando que este não contém a temida gordura, e na maioria das vezes este dado não condiz com a realidade. Fato que se deve à resolução da ANVISA, que determina que o alimento pode ser considerado “0% de gorduras trans”, se contiver menos ou igual a 0,2 gramas do ingrediente por porção.

Como a porção do alimento é determinada pelo fabricante, estes ficam livres para reduzir a porção e assim enganarem o consumidor, declarando o produto ZERO gorduras trans.

Para saber se o produto possui ou não possui a temida gordura, fique atento aos ingredientes, se em sua composição estiver presente a gordura vegetal hidrogenada, é fato, a gordura trans está presente neste alimento.

Suspeite de nomes estranhos

Se nos últimos ingredientes do seu alimento estiverem presentes nomes estranhos, suspeite! Geralmente são produtos químicos e corantes maléficos à saúde.

Referências

 
Acompanhe as dicas nas redes sociais:
Facebook: Juliana Pansardi – Nutricionista Desportiva
 



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