quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Champagne pode emagrecer, proteger cérebro e coração


Champanhe pode emagrecer e proteger cérebro e cora
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Boa notícia: dieta libera o champanhe e incentiva o consumo de até duas taças por dia. Isso porque a bebida é rica em polifenóis e estudos garantem que ela protege o coração e o cérebro e ainda pode ajudar no emagrecimento. Os dados foram publicados pelo jornal britânico Daily Mail.



O champanhe tem 91 calorias por taça e pode ser inserido em uma dieta de até 1400 calorias diárias.


A ideia do programa alimentar é trazer glamour saudável à mesa de suas adeptas. A pesquisadora da British Nutrition Foundation, Elisabeth Weichselbaum, afirma que a maioria das dietas proíbe a ingestão de álcool e chocolate, sem necessidade. Para ela, permitir a ingestão destes alimentos pode ter efeito psicológico na manutenção da dieta. A permissividade para o champanhe, portanto, pode aumentar a adesão ao programa alimentar. Dar glamour ao cardápio das dietas seria como trocar o hambúrguer com refrigerante por salmão defumado, salada verde e uma taça de champanhe, por exemplo.

Uma pesquisa da Universidade de Reading, na Inglaterra, em parceria com a Università degli studi di Cagliari, na Itália, constatou que o champanhe pode fazer bem ao coração, cérebro e circulação sanguínea por ser rico em polifenóis, substância que dilata os vasos, contra a pressão arterial e craniana.


Segundo os pesquisadores, o consumo de champanhe é capaz de reduzir o mau colesterol, diminuir a incidência de derrames e ataques cardíacos, e proteger o cérebro de doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson.

Os cientistas recomendam o consumo de duas taças da bebida por dia, mas quem não costuma ingerir bebidas alcoólicas não deve começar por conta dos benefícios, segundo recomendações da American Heart Association. Para isso dieta e exercícios físicos trazem mais benéficos à saúde do que os potenciais efeitos positivos presentes na bebida.

Por Catharina Apolinário
Fonte: Vila Mulher

"Beba com moderação!"

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Perda da guarda de criança obesa acende polêmica nos EUA


O caso de um menino de 8 anos retirado da sua família por pesar mais de 90 quilos reacende o debate sobre a questão dos pais que perdem a guarda quando os filhos sofrem de obesidade severa.

O garoto foi retirado da família e colocado em um abrigo após agentes dizerem que a mãe não estava se empenhando de modo suficiente para fazê-lo perder peso. Com esse peso, o menino corre risco de desenvolver doenças como diabetes e pressão alta. Em média, meninos dessa idade pesam 27 quilos, segundo as curvas de crescimento oficiais.

Cerca de dois milhões de crianças nos Estados Unidos são consideradas extremamente obesas. Neste caso, o governo retirou o garoto do convívio familiar porque considerou que a inabilidade da mãe em fazê-lo emagrecer era uma forma de negligência médica.

Um juiz aprovou a remoção da custódia familiar. "Nós temos trabalhado muito com a família ao longo dos últimos 20 meses antes de chegarmos a este ponto", disseram os agentes, além de frisar que a decisão foi em nome do interesse da criança.

Para especialistas, não há uma resposta fácil quando se trata de determinar de quem é a culpa nesses casos. "Não são só os pais ou a criança. A obesidade é uma epidemia nos Estados Unidos. Como sociedade, somos responsáveis",diz Naim Alkhouri, que trabalha com crianças obesas no Cleveland Clinic Children's Hospital.


Não basta apenas encorajar algumas crianças a comer melhor e se exercitar, porque há também um grande componente psicológico, diz ele.

"Quando se trata do envolvimento de autoridades, não acho que temos diretrizes claras", continua. "Começar o debate é uma boa coisa. Nós precisamos de mais orientação sobre como reagir a essa questão."

Agentes foram alertados do peso do garoto no início do ano passado após sua mãe levá-lo a um hospital por problemas respiratórios. Ele foi diagnosticado com apneia do sono, que é caracterizada por pausas na respiração enquanto a pessoa dorme e pode estar relacionada ao excesso de peso.

Poucas vezes pais perderam a guarda de crianças obesas nos Estados Unidos e, na opinião de especialistas em artigo publicado no Journal of the American Medical Association em julho, colocar a criança temporariamente em um abrigo é, em alguns casos, mais ético do que fazer uma cirurgia de obesidade.

Especialistas do Children´s Hospital Boston dizem que o ponto não é culpar os pais, mas agir no interesse da criança e oferecer a ajuda que os pais não conseguem fornecer.

A mãe do garoto diz que tem se esforçado para ajudá-lo a perder peso. "Eles estão tentando sugerir que eu não amo meu filho", ela declarou a um jornal. A identidade dela não foi revelada.

Uma defensora pública disse que a perda da guarda pode ser contestada porque o garoto não está em perigo iminente.

Fonte: Estadão

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Chá verde ajuda a reduzir medidas na cintura, diz estudo

Preparado a partir das folhas frescas da planta Camellia sinensis e rico em catequinas, o chá verde integra o grupo de bebidas funcionais, com substâncias que atuam na redução de riscos de doenças crônicas. Em uma pesquisa de mestrado realizada na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), o chá verde apresentou resultados positivos na redução de peso e de circunferência abdominal em idosos, mesmo sem exercícios físicos.

A nutricionista Ana Elisa Senger, autora da pesquisa, inseriu o chá verde na dieta de 45 pacientes do ambulatório do Instituto de Geriatria e Gerontologia da PUCRS, no Hospital São Lucas. A intenção da pesquisadora era investigar a eficácia da bebida em fatores de risco da Síndrome Metabólica, como obesidade abdominal, hipertensão arterial sistêmica, diabetes tipo 2, triglicerídeos aumentados e colesterol bom (HDL) reduzido.

Os participantes, com média de 72 anos, foram divididos em dois grupos: um consumiu três xícaras de chá verde de 200 ml diariamente durante dois meses, enquanto o grupo de controle não ingeriu a bebida no período.

Por meio de pesagem, medição da pressão arterial e da circunferência abdominal a cada 30 dias, e coleta de sangue no início e no fim do estudo, os resultados mostraram que o grupo que incluiu o chá verde na alimentação, mesmo sem atividades físicas e dieta equilibrada, teve uma redução de cerca de 1,2 kg no peso total e de 2,7 cm da circunferência da cintura, associada à taxa de mortalidade e de doenças cardiovasculares. No grupo de controle, os números foram quase insignificantes, com perda de apenas 0,3cm e 500g. Apesar de o chá verde conter cafeína, não houve alteração na pressão arterial dos pacientes.

O questionário de frequência alimentar realizado no início do estudo mostrou ainda que grande parte dos participantes tem inadequação alimentar, com poucas fibras, micronutrientes e minerais.

— Com uma dieta adequada, combinada ao chá verde, os resultados poderiam ser melhores e talvez muitos medicamentos pudessem ser dispensados, pois, à medida que a gordura diminui a longo prazo, glicose e lipídios talvez voltassem aos níveis normais — sugere Ana Elisa.

A orientação de preparo da bebida para a pesquisa foi de infusão de cinco minutos e o consumo teve distância de cerca de uma hora das refeições e dos medicamentos.
Sobre o cháO chá verde é antioxidante, anti-inflamatório, tem efeito protetor no risco de doenças cardiovasculares, promove perda de peso e maior gasto calórico. Mesmo com tantos benefícios, dados da literatura médica mostram que o uso crônico e exagerado da bebida ou de cápsulas com extrato da planta, como 10 xícaras ao dia por cinco anos, pode causar dano hepático.O que é Síndrome Metabólica
A associação de diversos problemas que podem levar a doenças cardíacas, AVC e diabetes é chamada de Síndrome Metabólica. O diagnóstico é feito quando o paciente apresenta três ou mais desses fatores de risco: gordura abdominal aumentada, baixo colesterol HDL, triglicerídeos aumentados, hipertensão e aumento da glicemia.

A pesquisaO trabalho multidisciplinar teve orientação das professoras Maria Gabriela Gottlieb (bióloga), coorientação de Carla Schwanke (geriatra) e apoio da empresa de Taquara, Amor à Vida Produtos Naturais, que forneceu os sachês de chá verde. Os resultados foram divulgados na revista PUCRS Informação.

Fonte: ClicRBS

domingo, 11 de dezembro de 2011

Especialistas alertam que a fome pode piorar no planeta


O mundo das grandes inovações tecnológicas, dos avanços das pesquisas médicas e que já presenciou o envio de homens ao espaço é o mesmo lugar onde 1 bilhão de pessoas dormem e acordam com fome. Na era da corrida pela descoberta da vacina contra o HIV, a desnutrição ocupa o primeiro lugar no ranking dos 10 maiores riscos à saúde e mata mais do que a Aids, a malária e a tuberculose combinadas. O equivalente às populações da Europa e da América do Norte, juntas, está de barriga vazia. E um futuro famélico aguarda a raça humana. Em 2050, apenas por razões ligadas às mudanças climáticas, o número de pessoas sem comida no prato vai aumentar em até 20%.

Os dados são do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA/ONU), fundado há 50 anos. Em comemoração a meio século de esforços ao combate à fome, a revista científica Nature desta semana traz um especial sobre o assunto, no qual especialistas alertam: não bastam ações emergenciais. É preciso investir em pesquisas que permitam o desenvolvimento sustentável da agricultura, tornando-a mais produtiva e menos cara. Não é uma missão fácil. A insegurança alimentar está ligada a questões políticas e econômicas, tanto quanto a tecnológicas e climáticas.

“Os somális passaram duas décadas em guerra civil e encaram duas temporadas consecutivas de estiagem. O gado não resistiu e os grãos secaram. Então, agora, eles se veem diante de uma escolha terrível por causa da falta de comida: migrar ou morrer”, exemplifica Josette Sheeran, diretora executiva do PMA da ONU, em um texto escrito para a Nature. Clamando que os governantes prometam que as pessoas “não vão morrer sob seus olhos”, Sheeran cita o programa brasileiro Fome Zero, lançado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2003.

“Lula deixou claro que lutar contra a fome seria sua prioridade ao dizer que, se no fim de seu mandato, todo brasileiro tivesse três refeições ao dia, teria cumprido a missão de toda uma vida”, recorda. Para Sheeran, o foco no acesso imediato à alimentação aliado a recursos que permitam o desenvolvimento econômico das famílias é uma das opções no combate à fome. “O Brasil era beneficiário do PMA nos anos 1990. Agora, é o nosso nono maior doador.”


Biotecnologia

Para o queniano Calestous Juma, diretor do Projeto África de Inovação Agrícola da Universidade de Harvard, a biotecnologia é a chave para a prevenção da fome. Em números de famintos, o continente africano perde apenas para a Ásia e o Pacífico (578 milhões de pessoas), com 239 milhões de desnutridos crônicos. Juma, autor de um livro sobre o tema, lembra na Nature que a tecnologia é fundamental para que os países produzam mais e melhores alimentos, e com menos esforços.

Segundo ele, sem os avanços na área da biologia molecular, as nações africanas “poderiam estar bem pior do que estão agora”. Sem a revolução verde, programa mundial iniciado na década de 1940 com o objetivo de produzir novas variedades de sementes, Juma calcula que a produção de grãos em países em desenvolvimento seria 23,5% mais baixa que a atual, e que os preços dos alimentos estariam até 66% mais altos. Ainda assim, não foi o suficiente para evitar um estado nutricional alarmante. “Aliadas ao crescimento populacional, questões relacionadas ao meio ambiente, como a degradação de ecossistemas e a alteração do clima, que leva a períodos mais prolongados de seca, dificultam a agricultura na África”, conta Juma, ao Correio.

O especialista de Harvard acredita que as nações africanas devem se abrir mais para ferramentas biotecnológicas, como grãos transgênicos — um assunto ainda polêmico —, adotadas em poucos países do continente. Juma não é contra o uso da terra para o cultivo de outros produtos que não alimentícios, como o algodão, pois acredita que o dinheiro ganho com a venda da matéria-prima pode se reverter na compra de alimentos. O problema, aponta, é que mesmo nesses casos, há pouca exploração da tecnologia. Como exemplo, ele cita os pesticidas contra pragas que atacam os algodoeiros, ainda pouco eficientes na África.

O queniano insiste na necessidade de mais pesquisas científicas visando ao aperfeiçoamento agrícola. Quanto mais variedades de alimentos, diz, menores as chances de se perderem safras. Outra questão importante, segundo ele, é o desenvolvimento de grãos resistentes a doenças. Juma conta que em Uganda, a banana, uma fruta muito consumida pela população local, é ameaçada por uma bactéria que causa mais de US$ 500 mil em perdas por ano. “Não há variedades de banana no país e não há formas para tratá-las quimicamente. Os cientistas ugandenses estão trabalhando no desenvolvimento de uma fruta resistente, a partir de genes da pimenta-caiena.” Para o especialista, a cooperação internacional é essencial no combate à fome. “As organizações internacionais precisam expandir o acesso livre a publicações científicas e ao desenvolvimento tecnológico”, diz.


Preços

Também convidado a comentar os 50 anos do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas na Nature, o pesquisador Peter M. Rosset, do Centro de Estudo de Mudanças Rurais do México, declara que o “sistema global de alimentos está falido”. Com a falta de controle sobre os preços, a especulação da indústria faz com que alguns alimentos fiquem 300% mais caros, como ocorreu com o milho no México. Rosset é um ativista pelo direito à alimentação e defende que, sem a reforma agrária, a população mundial continuará nas mãos dos grandes produtores.

“Hoje, paga-se mais por um café do que por uma banana”, lamenta Rosset. Diferentemente de Juma, ele não acha que são necessárias intervenções biotecnológicas para extirpar a fome. “Pequenos agricultores são muito produtivos e podem usar técnicas ecológicas”, diz. Dessa forma, quebra-se a dependência do petróleo e, consequentemente, contribui-se mais para frear as mudanças climáticas, pois ficaríamos menos dependentes de pesticidas e fertilizantes”, acredita.


Ameaça à paz

Ontem, o alto comissário para Refugiados, António Guterres, alertou o Conselho de Segurança da ONU sobre a crescente ameaça à segurança e à paz internacional resultante das mudanças climáticas e sua relação com a imigração. Ele mencionou a diminuição das capacidades agrícolas de países em desenvolvimento e a disputa por recursos, como água e terra arável, como potenciais causas de conflito e deslocamento.


Redução da pobreza

Depois do Fome Zero, programa que integra várias ações, sendo a principal delas o Bolsa Família, 26 milhões de brasileiros saíram da linha da pobreza entre 2004 e 2009. Mas a meta de Lula não foi totalmente alcançada: 16 milhões ainda vivem abaixo da linha da pobreza, o que estimulou a presidente Dilma Rousseff a lançar, neste ano, um novo programa, o Brasil sem Miséria.

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