Novo estudo sugere que a ingestão de iogurte pode mudar a maneira como
as bactérias presentes em seu intestino digerem o carboidrato que você
come.
Nosso intestino apresenta grande quantidade de bactérias, que formam um
microbioma, mais conhecido como flora intestinal. Estas comunidades
ajudam de várias maneiras, como: captação de energia a partir no
alimento consumido, impede o crescimento de bactérias nocivas, produção
de nutrientes como vitaminas K e H.
Produtos com probióticos – alimentos que possuem bactérias vivas
resistentes ao processo de digestão chegando intactas ao intestino–
podem estimular o melhor funcionamento do nosso aparelho digestivo.
Mas, a pesquisa divulgada na revista Science Translational Medicine, demonstra que podem existir ainda mais benefícios.
Os testes foram realizados primeiramente em ratos e em 14 mulheres
voluntárias. Os experimentos demonstraram que as bactérias vivas
presentes no iogurte permitiram que o rato quebrasse certas classes de
carboidratos de maneira mais eficiente. Muitas destas mudanças também
puderam ser observadas na espécie humana. Na parte do estudo realizado
com humanos, os pesquisadores recrutaram gêmeas, que receberam duas
doses diárias de iogurte, pelo período de 7 semanas.
Os pesquisadores analisaram amostras de fezes das mulheres ao longo do
estudo, e descobriram que o iogurte não alterou a espécie ou gene das
comunidades de bactérias do intestino das participantes. Em outras
palavras, as bactérias presentes no iogurte não colonizaram o intestino
das cobaias. Na verdade, duas semanas depois que as mulheres pararam
de consumir iogurte, os pesquisadores já não puderam mais detectar
qualquer bactéria proveniente do iogurte nas amostras de fezes.
Apesar dos benefícios trazidos pelos probióticos, ainda não é
totalmente claro como eles afetam o microbioma natural de nosso
intestino e como influenciam nossa saúde em geral. Além disso, ainda
são necessários mais estudos para comprovar que os probióticos também
auxiliam humanos na quebra eficiente de carboidratos.
Fonte: Jornal Ciência
Nenhum comentário:
Postar um comentário