Pesquisadores da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, fizeram
um estudo em camundongos para mostrar como a nicotina pode ser uma porta
de entrada para o uso de outras drogas como a cocaína. O trabalho foi
divulgado na publicação científica "Science Translational Medicine".
Durante o estudo, os roedores beberam água misturada com nicotina por,
pelo menos, sete dias. Depois eles receberam, ao mesmo tempo, doses de
nicotina e cocaína. Como resultado, os animais apresentaram uma resposta
maior à droga ilícita.
Essa afinidade pela droga é causada por uma mudança que a nicotina
promove no DNA dos camundongos, especialmente em um gene ligado à
dependência química chamado FosB.
Este é o primeiro estudo a revelar como a nicotina pode tornar o
cérebro mais vulnerável aos efeitos benéficos da cocaína, que levam ao
vício após uso prolongado. Esse modelo de pesquisa gerou controvérsia
durante os últimos anos, já que até agora nenhuma pesquisa científica
tinha conseguido mostrar um mecanismo biológico pelo qual a nicotina
poderia aumentar a vulnerabilidade a drogas ilícitas.
Roedores x humanos
Para descobrir se os dados colhidos na pesquisa encontravam respaldo em
estudos com humanos, os cientistas norte-americanos resolveram
consultar os dados de uma pesquisa nacional realizada em 2003 sobre
consequências do uso de álcool. Os participantes tinham entre 15 e 34
anos e foram acompanhados durante alguns anos para que revelassem os
seus padrões de comportamento. Esse levantamento também continha dados
sobre nicotina.
Os pesquisadores descobriram que a chance de dependência da cocaína
também era maior entre as pessoas que começaram a fumar antes do que
entre os usuários que fizeram o caminho inverso: experimentaram primeiro
a droga ilícita e depois o tabaco.
As descobertas em camundongos sugerem que se a nicotina tem efeitos
similares em humanos, a prevenção ao fumo serviria não só para evitar os
efeitos nocivos do tabaco à saúde como também diminuiria a chance de
vício em drogas ilícitas como a cocaína.
Os pesquisadores querem agora repetir o estudo para saber se o álcool e
a maconha também podem servir como porta de entrada para outras drogas.
O objetivo é saber se existe um único mecanismo pelo qual o corpo se
torna mais suscetível à dependência química.
Fonte: G1
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OBRIGADO PELA COLABORAÇÃO!!
Deus te proteja sempre!!
SUCESSO!!