Dentre as gestantes que diminuíram a
atividade física, o nível de exercícios caiu 34% durante a semana já no
segundo trimestre de gravidez. No terceiro trimestre a redução foi ainda
maior: 41% em relação ao início da gestação.
Para as mulheres que nunca praticaram
atividade física e desejam começar durante o período gestacional, é
indicado fazer caminhada. Para aquelas que eram ativas antes da
gravidez, é necessário buscar atividade aeróbica, como trotar, pedalar,
nadar ou mesmo dançar. "A dança ainda favorece as relações sociais e é
capaz de manter mãe e bebê felizes, além do gasto energético".
MEDO
A educadora
perinatal Deborah Delage destacou ainda que a visão popular da gravidez
como uma doença também contribui para que a mulher deixe de praticar
exercícios. "Ela começa a ouvir dos familiares e amigos que deve
descansar para não prejudicar o bebê, como se o corpo da mulher pudesse
causar mal à criança".
Deborah explicou que as atividades físicas
podem ajudar a mulher a ter um parto mais tranquilo. "Se não há
restrições médicas, não há motivo para deixar de lado o exercício
físico", indicou.
Ex-jogadora de vôlei troca quadras por caminhada e yoga
A gestora de Recursos Humanos Caroline
Manfrin, 26 anos, jogou vôlei até os 18 anos. Teve que parar por causa
de lesões no joelho, mas nunca deixou de praticar atividades físicas.
Fazia academia e corrida. Ao engravidar, diminuiu a intensidade dos
exercícios, mas não parou de praticá-los. "Optei pelas caminhadas e
yoga, mas não deixei que a gravidez me tornasse sedentária".
A yoga, inclusive, não traz só benefícios físicos, segundo Caroline, mas ajuda a mantê-la mais calma.
Ela é filha de ex-atletas e profissionais da
educação física e sempre soube a importância dos exercícios para ter
uma gravidez saudável. Tanto que, aos oito meses de gestação, ganhou
apenas oito quilos. "Além dos exercícios, mantive a dieta equilibrada,
com consumo de frutas e verduras e muita água".
Se bater aquele desejo de comer um doce,
Caroline não deixa o pequeno Matheus passar vontade. "Mas procuro
maneirar para que meu filho possa nascer saudável e também para que eu
possa me manter assim. Afinal, gravidez não é doença".
A futura mamãe lembrou, porém, que a prática
de atividades deve ser orientada pelo médico. "Somente o ginecologista
que acompanha a mulher desde o início da gravidez sabe das restrições de
cada uma neste período".
Fonte: DGABC
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