A Nutrição Funcional rastreia os sintomas, sinais e características de cada paciente e os relaciona com a carência ou excesso de nutrientes, corrigindo os desequilíbrios nutricionais que sobrecarregam nosso sistema imunológico e desencadeiam processos alérgicos, que provocam várias doenças crônicas, desordens estéticas e alteração no desempenho do organismo.
Além do conceito de “equilíbrio nutricional”, a nutrição funcional baseia-se, também, no conceito de “biodisponibilidade dos alimentos”, ou seja, alimentos e nutrientes que precisam de outros para agir no organismo de maneira positiva ou que, ao contrário, são anulados quando outros estão presentes.
Os desequilíbrios nutricionais geram sobrecarga no sistema imunológico e podem desencadear “processos alérgicos” tardios, consequentemente causando doenças crônicas como a obesidade, depressão, fibromialgia, artrite reumatóide, síndrome do pânico, osteoporose, diabetes, distúrbios de comportamento e hiperatividade infantil, entre outras. Da mesma forma, outros problemas “menos graves”, como o cansaço e a sensação de falta de energia, resultam do “estresse oxidativo”, também relacionado ao desequilíbrio nutricional.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças crônicas não transmissíveis já são responsáveis por 72% das mortes ocorridas no Brasil, sendo que, no mundo, esse valor corresponde a 60%. A OMS acredita que 80% de problemas prematuros do coração, AVC e Diabetes tipo II e 40% dos casos de câncer poderiam ser evitados se corrigíssemos nossos hábitos alimentares, reduzíssemos o uso de tabaco e adotássemos uma atividade física regular.
A nutrição funcional não pensa apenas em calorias, e sim, em nutrição celular. Um alimento que pode ser remédio para um indivíduo, pode ser um veneno para outro, uma vez que cada pessoa tem um organismo diferente e consequentemente reações metabólicas diferentes.
O tratamento da obesidade, por exemplo, hoje já definida como uma doença inflamatória, não pode ser apenas com contagem de calorias, mas sim pela escolha de alimentos corretos que reduzirão tal inflamação.
Os cinco pilares da nutrição funcional:
• Individualidade bioquímica (cada organismo reage diferentemente aos alimentos e às situações diversas do dia-a-dia).
• Tratamento centrado no paciente (sintomas e suas origens) e não só na doença.
• Equilíbrio nutricional dentro das células (Nutrição Celular)
• Favorecer uma adequada biodisponibilidade de nutrientes (ingestão, digestão, absorção, transporte, utilização e excreção de forma correta).
• Saúde (equilíbrio físico, mental e emocional).
Áreas que podem ser auxiliadas pela nutrição funcional:
• Dermatologia (acne, oleosidade, descamação, vitiligo, rosácea, psoríase, urticária, alergias).
• Desportiva (atletas, ganho de massa muscular, melhora de rendimento, redução da fadiga).
• Doenças Neurológicas (Alzheimer, Parkinson, depressão, síndrome do pânico, ansiedade, TOC, bulimia, autismo, enxaqueca).
• Estética (obesidade, celulite, queda de cabelo, manchas na pele, unhas fracas).
• Infantil (alergias, crescimento, imunidade).
• Osteoarticular (atrite, artrose, tendinite, bursite, osteopenia, osteoporose).
• Saúde da mulher (TPM, menstruação irregular, menopausa, menstruação excessiva, candidíase, gestação, lactação)
• Sistema Cardiovascular (hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hipertensão, varizes, derrames, AVC, infarto)
• Sistema Endócrino (diabetes, hipotireoidismo, hipertireoidismo).
• Sistema Gastrointestinal (esofagite, gastrite, constipação, diarréia, síndrome do cólon irritável, doença de Crohn, doença celíaca, gases).
Zilda F. Rafael Abbud
Nutricionista graduada pelo Centro Universitário Central Paulista
Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/Divisão Ensino e Pesquisa .
Pós-graduanda em Nutrição Esportiva Funcional pela VP Consultoria Nutricional/Divisão Ensino e Pesquisa .
Nutricionista com conhecimento e prática em nutrição vegetariana.
Fonte: Revista Espaço Saúde
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