quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Como escolher uma boa muda da fruta


Fonte: Artigo

Umuarama – Depois que dois viveiros de Umuarama foram notificados, no início da semana, por irregularidades na comercialização de mudas de frutas cítricas, a Seab (Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento) chama atenção para a correta compra das mudas das plantas e faz recomendações à liberação das propriedades. Nos canteiros onde foram encontradas as anomalias os fiscais da Seab apreenderam e destruíram 5,3 mil pés. Laranjas, tangerinas e limões são espécies possíveis de ser plantadas no Paraná, segundo o Iapar (Instituto Agronômico do Paraná). Mas há áreas interditadas, que dependem de autorização para a formação de pomares, porque o Canco Cítrico é uma doença prejudicial à saúde e condena as plantações. E se o produtor não controlar o mal, outros pomares podem ser contaminados.

O técnico em manejo e meio ambiente da área de sanidade de citricultura da Seab, núcleo de Umuarama, José Lazaro Vilani, relata que é mantido constantemente um serviço para a manutenção da qualidade e sanidade das mudas cítricas destinadas ao comércio. Orienta que na hora de adquirir mudas, é necessário solicitar autorização especial para aquisição de mudas junto a Seab e exigir nota fiscal e a garantia do produto. Conforme Vilani, mudas sadias e de boa qualidade são fundamentais para que se obtenham plantas adultas produtivas.

O que é proibido
Considerando os graves danos econômicos causados pelas pragas à exploração de cultivos vegetais como pomares, florestas, hortas e jardins, sendo a muda o principal veículo de disseminação, está proibido, desde janeiro de 2008, em todo o território paranaense, o comércio de mudas por intermédio da prática da venda ambulante, caracterizada por ser realizada em praças e vias urbanas, a bordo de veículos ou não, fora de estabelecimento comercial regularmente constituído e sem endereço definido. “Os agricultores interessados em formar pomares comerciais, ou mesmo plantar poucas mudas de citros em suas propriedades, devem recorrer à mudas legais, vendidas por viveiros cadastrados legalmente junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (e também à própria secretaria)”, afirma o técnico. Mudas produzidas em ambiente controlado proporcionam maior segurança ao citricultor, no que diz respeito à produtividade futura do pomar.

Canco Cítrico
O Cancro Cítrico é uma doença causada pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. citri, que provoca lesões nas folhas, frutos e ramos e, consequentemente, a queda dos frutos e folhas e da produção. A bactéria do Cancro é de fácil disseminação e um de seus vetores é o homem. Altamente contagiosa, ela é resistente e consegue sobreviver em vários ambientes por mais de nove meses. Se esse ambiente for a própria fruta, folha ou ramo que foi retirado de uma planta contaminada, a sobrevivência da bactéria é ainda maior. Sobre a prevenção, Vilani ressalta que não existem medidas curativas, mas a única forma de eliminar a doença é a erradicação da planta, ou parte doente da mesma. “Por isso, evitar a entrada da doença no pomar é fundamental”, explica.

Regiões que precisam de autorização
A divisão da área interditada, com necessidade de autorização para o plantio, vai de Cascavel, no Oeste, até Cornélio Procópio, no Norte. Já os campos livres passam por Guarapuava, Curitiba e seguem até Jacarezinho.
 

A ameaça chamada Greening

Outra praga que da trabalho aos órgãos de controle no Estado é a Greening. A doença também afeta os citrus, deixando suas folhas amareladas e mosqueadas, onde podem ser observadas manchas irregulares. Ocorre a má formação dos frutos e a árvore necessita ser arrancada pela raiz para não contaminar o pomar inteiro. No Brasil essa patologia foi encontrada pela primeira vez em São Paulo, na década de 90. Vilani enfatiza que esse problema sanitário preocupa muito o Paraná. Segundo ele, é uma bacteriose quarentenária que representa ameaça potencial à citricultura brasileira e paranaense. “As recomendações se baseiam em três medidas de controle: adquirir mudas sadias, eliminar as plantas doentes e fazer o controle químico do vetor com aplicação de inseticidas”, finaliza o técnico da Seab.

As plantas contaminadas produzem menos frutos. Os que desenvolvem ficam menores, com menor teor de sólidos solúveis, maior acidez titulável, menor índice de maturação (“Ratio”), menor quantidade de suco e menor índice tecnológico.

Fonte: Ilustrado
  

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