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Com a descoberta de que a bactéria se transmite sempre da mãe para os filhos, os cientistas resolveram infectar ovos em laboratório e espalharam para todo o grupo de mosquitos. O outro passo foi soltar os insetos com a Wolbachia na natureza e, como consequência, frear a transmissão da dengue.
Luciano Moreira, um dos pesquisadores, que é brasileiro, informou que os dois estudos foram feitos com cepas – subtipos – diferentes da bactéria. O primeiro trabalho realizado com a cepa wMelPop-CLA, atingiu o efeito desejado, porém os mosquitos tiveram piora em algumas funções, este foi então inutilizado.
Testou-se depois a experiência com bactéria Wolbachia, a cepa wMel. Desta vez, conseguiram bloquear o vírus da dengue e provocaram efeitos colaterais relativamente pequenos. Então, a equipe liderada por Scott O’Neill soltou na natureza mosquitos infectados e monitorou a presença da Wolbachia durante quatro meses.
O resultado saiu do laboratório e foi às ruas de Cairns, no nordeste da Austrália, região onde a dengue existe. Os pesquisadores escolheram dois pontos. No primeiro, a quantidade de mosquitos infectados beirou os 100% numa das populações e ultrapassou 80% na outra.
Agora, o desafio dos cientistas é realizar os testes em regiões nas quais a dengue é um problema de saúde pública. Para o tutor do Portal Educação, farmacêutico, Ronaldo de Jesus Costa, usar um controle biológico é uma opção bem aceita no controle de vetores de doenças.
“A bactéria Wolbachia pipientis é comum em insetos, estima-se que mais de 18% deles contém a bactéria no organismo. O que se deve cuidar, no entanto, é a capacidade de mutação apresentada pelas bactérias, de forma que as cepas selecionadas podem sofrem mutação e perder a capacidade inicial proposta, ou pior, começar a produzir efeitos indesejáveis ao ser humano”, explica Costa.
Fonte: Pantanal News
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