O caso
de um menino de 8 anos retirado da sua família por pesar mais de 90
quilos reacende o debate sobre a questão dos pais que perdem a guarda
quando os filhos sofrem de obesidade severa.
O garoto foi retirado da família e colocado em um abrigo após agentes dizerem que a mãe não estava se empenhando de modo suficiente para fazê-lo perder peso. Com esse peso, o menino corre risco de desenvolver doenças como diabetes e pressão alta. Em média, meninos dessa idade pesam 27 quilos, segundo as curvas de crescimento oficiais.
Cerca de dois milhões de crianças nos Estados Unidos são consideradas extremamente obesas. Neste caso, o governo retirou o garoto do convívio familiar porque considerou que a inabilidade da mãe em fazê-lo emagrecer era uma forma de negligência médica.
Um juiz aprovou a remoção da custódia familiar. "Nós temos trabalhado muito com a família ao longo dos últimos 20 meses antes de chegarmos a este ponto", disseram os agentes, além de frisar que a decisão foi em nome do interesse da criança.
Para especialistas, não há uma resposta fácil quando se trata de determinar de quem é a culpa nesses casos. "Não são só os pais ou a criança. A obesidade é uma epidemia nos Estados Unidos. Como sociedade, somos responsáveis",diz Naim Alkhouri, que trabalha com crianças obesas no Cleveland Clinic Children's Hospital.
Não basta apenas encorajar algumas crianças a comer melhor e se exercitar, porque há também um grande componente psicológico, diz ele.
"Quando se trata do envolvimento de autoridades, não acho que temos diretrizes claras", continua. "Começar o debate é uma boa coisa. Nós precisamos de mais orientação sobre como reagir a essa questão."
Agentes foram alertados do peso do garoto no início do ano passado após sua mãe levá-lo a um hospital por problemas respiratórios. Ele foi diagnosticado com apneia do sono, que é caracterizada por pausas na respiração enquanto a pessoa dorme e pode estar relacionada ao excesso de peso.
Poucas vezes pais perderam a guarda de crianças obesas nos Estados Unidos e, na opinião de especialistas em artigo publicado no Journal of the American Medical Association em julho, colocar a criança temporariamente em um abrigo é, em alguns casos, mais ético do que fazer uma cirurgia de obesidade.
Especialistas do Children´s Hospital Boston dizem que o ponto não é culpar os pais, mas agir no interesse da criança e oferecer a ajuda que os pais não conseguem fornecer.
A mãe do garoto diz que tem se esforçado para ajudá-lo a perder peso. "Eles estão tentando sugerir que eu não amo meu filho", ela declarou a um jornal. A identidade dela não foi revelada.
Uma defensora pública disse que a perda da guarda pode ser contestada porque o garoto não está em perigo iminente.
O garoto foi retirado da família e colocado em um abrigo após agentes dizerem que a mãe não estava se empenhando de modo suficiente para fazê-lo perder peso. Com esse peso, o menino corre risco de desenvolver doenças como diabetes e pressão alta. Em média, meninos dessa idade pesam 27 quilos, segundo as curvas de crescimento oficiais.
Cerca de dois milhões de crianças nos Estados Unidos são consideradas extremamente obesas. Neste caso, o governo retirou o garoto do convívio familiar porque considerou que a inabilidade da mãe em fazê-lo emagrecer era uma forma de negligência médica.
Um juiz aprovou a remoção da custódia familiar. "Nós temos trabalhado muito com a família ao longo dos últimos 20 meses antes de chegarmos a este ponto", disseram os agentes, além de frisar que a decisão foi em nome do interesse da criança.
Para especialistas, não há uma resposta fácil quando se trata de determinar de quem é a culpa nesses casos. "Não são só os pais ou a criança. A obesidade é uma epidemia nos Estados Unidos. Como sociedade, somos responsáveis",diz Naim Alkhouri, que trabalha com crianças obesas no Cleveland Clinic Children's Hospital.
Não basta apenas encorajar algumas crianças a comer melhor e se exercitar, porque há também um grande componente psicológico, diz ele.
"Quando se trata do envolvimento de autoridades, não acho que temos diretrizes claras", continua. "Começar o debate é uma boa coisa. Nós precisamos de mais orientação sobre como reagir a essa questão."
Agentes foram alertados do peso do garoto no início do ano passado após sua mãe levá-lo a um hospital por problemas respiratórios. Ele foi diagnosticado com apneia do sono, que é caracterizada por pausas na respiração enquanto a pessoa dorme e pode estar relacionada ao excesso de peso.
Poucas vezes pais perderam a guarda de crianças obesas nos Estados Unidos e, na opinião de especialistas em artigo publicado no Journal of the American Medical Association em julho, colocar a criança temporariamente em um abrigo é, em alguns casos, mais ético do que fazer uma cirurgia de obesidade.
Especialistas do Children´s Hospital Boston dizem que o ponto não é culpar os pais, mas agir no interesse da criança e oferecer a ajuda que os pais não conseguem fornecer.
A mãe do garoto diz que tem se esforçado para ajudá-lo a perder peso. "Eles estão tentando sugerir que eu não amo meu filho", ela declarou a um jornal. A identidade dela não foi revelada.
Uma defensora pública disse que a perda da guarda pode ser contestada porque o garoto não está em perigo iminente.
Fonte: Estadão
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