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O desenvolvimento cognitivo e físico das crianças está associado a uma alimentação cuidada e saudável. Por isso, o nutricionista José Camolas sugere a ingestão de sopa, peixe e três peças de fruta por dia e tomar sempre o pequeno-almoço, de preferência em casa.
Alcançar um elevado rendimento escolar desde tenra idade e ter uma boa capacidade de raciocínio e de memória são claros objectivos para qualquer pai. No entanto, nem sempre o conseguem fazer por falharem no mais simples: a alimentação.
A partir do primeiro ano de vida, as crianças começam a aproximar o conteúdo das refeições do que os próprios pais ingerem e como tal os progenitores não devem esquecer a importância dessa variedade e apostar em estratégias de incentivo à ingestão de bens menos apetecíveis, como são o peixe e os legumes.
Mas vamos por partes. A primeira regra está na «obrigatoriedade de tomar o pequeno-almoço, sempre com lacticínios e hidratos de carbono e, por vezes, com uma peça de fruta».
Mas sem corridas ou pressas, o ideal é mesmo que esta refeição seja supervisionada pelos pais e tomada no conforto do lar, explica ao Destak o nutricionista José Camolas.
Outro dos segredos de uma 'dieta' saudável para os mais pequenos está nos lacticínios. A sua riqueza em cálcio é essencial para esta fase de crescimento intenso e de desenvolvimento ósseo, mas tendo sempre especial atenção à gordura. Leite meio-gordo e queijo e iogurtes com baixo de teor de gordura saturada são as melhores opções.
E aqui aplica-se a importância dos pais interpretarem os rótulos das embalagens, com o objectivo de evitar publicidade «menos séria» e por vezes «exagerada», acrescenta o especialista.
Sopa: a tradição ainda é o que era
No que respeita a legumes e vegetais, a sugestão vai mesmo para a sopa, uma «tradição portuguesa que deve ser mantida». Sopa ao almoço e ao jantar e ainda uma salada nutritiva para acompanhar o prato principal de carne ou de peixe é a quantidade recomendada deste grupo de alimentos. Em relação à fruta, o ideal são mesmo três peças dispersas ao longo do dia, sejam como sobremesa ou como snack na escola.
Em relação às principais fontes de proteínas - carne e peixe - há a saber que não deve haver exageros. Sim, é um facto que estas são importantes para o crescimento, mas é suficiente uma dose diária de 80 a 100 gramas de peixe ou de carne. Esta quantidade apenas deve ser alterada na adolescência, com um aumento para 150 gramas, havendo uma preferência para o peixe.
«Panadinhos de pescada confeccionados no forno e carne picada em casa em forma de almôndegas ou de hambúrgueres são ideias saudáveis, mas também agradáveis para os mais pequenos.» Uma apresentação de alimentos mais original e colorida pode convencer os mais teimosos.
Não abuse das proteínas
Outra regra a reter, mas em relação aos ovos, também uma importante fonte de proteínas, é o facto de o seu consumo não dever exceder as duas unidades semanais. Segundo o nutricionista, «o excesso de ingestão de proteínas sobrecarrega os rins da criança, que ainda estão em desenvolvimento». Pratos com peixe/carne e ovo são por isso refeições a evitar por haver uma duplicação desnecessária deste nutriente.
Em relação aos snacks que as crianças levam para a escola, o especialista é defensor da fruta e do iogurte, podendo estes ser substituídos por uma barra de cereais, mas com baixo teor calórico e de açúcar, algo que os pais devem consultar nos rótulos das embalagens.
Fonte: Destak
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