quinta-feira, 25 de agosto de 2011

De vilão a super herói!


Fonte: Artigo

Até não muito tempo atrás, especialistas da área da saúde e da nutrição ficavam com os cabelos em pé quando escutavam a palavra óleo de côco. Enquanto a fruta – e a água – eram amplamente recomendadas como parte de uma dieta saudável, o óleo estampava o rótulo de vilão da saúde. Mas agora pesquisas vêm mostrando que de demônio ele não tem nada. Ao contrário. Ele traz uma montanha de benefícios, inclusive o de ajudar na perda de peso.

Toda a culpa de o alimento ter sido rotulado como “do mal” recaía no fato de ele ser rico em gorduras saturadas, nutriente que, acreditava-se, contribuiria para o entupimento de artérias e para o aumento do risco de problemas no coração. “Já se mostrou que, em populações de ilhas do Pacífico, que retiram de 30% a 60% de suas calorias diárias do óleo de coco, os índices de doença cardiovascular, por exemplo, são ínfimos”, afirma o nutrólogo Wilson Rondó Jr., ele mesmo usuário do óleo há anos. “De fato, o óleo de coco é rico em gorduras saturadas, mas nem todas essas gorduras, sólidas na temperatura ambiente, estão associadas ao crescimento do risco de doenças cardíacas”, pondera Thomas Brenna, pesquisador e professor de Ciência de Nutrição da Universidade Cornell (EUA).

Brenna, que reviu quase todos os estudos sobre esse tema, afirma que as pesquisas que ajudaram a demonizar o produto foram feitas com óleo de coco hidrogenado, enquanto o que se deve ingerir ou usar é o extravirgem. “Os óleos de coco comuns são produzidos a partir da copra, a carne do coco seca. Eles são impróprios para o consumo, precisando ser refinados, clareados e desodorizados, e são empregadas no processo altas temperaturas e solventes químicos. Algumas vezes, o óleo refinado é ainda hidrogenado. Já o extravirgem é produzido a partir da carne do coco fresco”, relata Marina Rosalem, nutricionista da Carduz, empresa que importa o produto.

E é justamente a hidrogenação que leva à criação das gorduras trans, essas sim verdadeiros demônios quando se trata de saúde. A hidrogenação também destrói ácidos graxos essenciais, antioxidantes e outras substâncias do bem. 


Embora o óleo seja, sim, rico em gorduras saturadas, hoje se sabe que elas têm diferentes impactos no organismo. O óleo de coco, por exemplo, tem uma grande quantidade de um tipo de gordura saturada chamada de MCT (sigla em inglês para triglicérides de cadeia média). “Devido ao fato de esse tipo de gordura saturada ter um comprimento diferente, o corpo lida com ela diferentemente durante o processo de absorção”, conta Marie-Pierre St-Onge, do Instituto de Nutrição Humana da Universidade de Columbia (EUA).



Dos MCTs contidos no óleo, o mais importante é o ácido láurico, encontrado, por exemplo, no leite materno.


“Cerca de 50% da gordura do coco é composta por ácido láurico. No corpo, ele se transforma e ajuda a destruir a camada de gordura que protege vírus, bactérias e protozoários. Junto com o ácido caprílico, também encontrado na gordura do coco, aumenta seu poder antimicrobial”, esclarece Rondó Jr.


E mais: o composto não só tem fácil digestão, como aumenta os níveis do bom colesterol (HDL). Pesquisas também revelaram que ele é capaz de acelerar o metabolismo, o que o torna, por exemplo, um bom coadjuvante no tratamento do hipotireoidismo.

Fonte: Terra

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